Valfrido Gonzales Filho, 37 anos, foi condenado a 4 anos de prisão, em regime fechado, por estelionato. Julgamento foi realizado hoje na 5ª Vara Criminal de Campo Grande.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), Valfrido é acusado de se passar por médico para aplicar golpes.
Conforme denúncia, no dia 4 de julho de 2013, acusado e ligou para umhomem que estava com a esposa internada em São Paulo, se identificou como um dos médicos e disse que durante cirurgia foi constatada a existência de um tumor, sendo necessária realização de exame para verificar se era benigno ou maligno.
Acreditando estar conversando com o médico da esposa, homem depositou R$ 1,1 mil em conta informada por Valfrido, que seria supostamente usado para pagar a medicação. Vítima descobriu o golpe quando conversou com o verdadeiro médico e descobriu que a mulher não tinha tumor.
Juiz que proferiu a sentença, Waldir Peixoto Barbosa, acusado confessou o crime e confirmou o modo de operação. Segundo depoimento, Valfrido ligava no hospital se passando por secretário, pegava dados de um paciente e ligava dizendo que o enfermo sofria de tumores e familiar precisava pagar por tratamento.
Acusado fornecia a conta de uma comparsa, Alira Vera da Paixão, para o depósito. Ela também foi julgada por participação no crime, mas foi absolvida por falta de provas de que ela sabia do crime.
Valfrido, que tem extensa ficha criminal, foi condenado por estelionato, crime do qual é reincidente, a 4 anos de prisão e 20 dias-multa.
REINCIDENTE
No ano passado, Valfrido foi preso acusado de lucrar aproximadamente R$ 200 mil mensais aplicando golpes de estelionato na Capital e em outros estados. Em 2013, ele também já havia sido preso pelo mesmo crime em Campo Grande.
Para levar vantagem, ele usava o mesmo método pelo qual foi condenado: se passava por falso médico e escolhia pessoas que ocupavam leitos de hospitais para aplicar o golpe.