Audiência pública para debater o projeto polêmico denominado “Escola sem Partido” deverá ficar para o ano que vem.
A proposta voltará a ser debatida no plenário da Assembleia Legislativa. “Devido às adaptações que a Casa de Leis está passando, não vai dar para fazer neste ano. A discussão deve ficar para o ano que vem”, disse a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB).
Na quinta-feira (19) da semana passada, a deputada, autora da matéria, levou a proposta para ser discutida no plenário da Câmara Municipal, mas, houve bate-boca, agressões e a audiência foi cancelada.
Mais de 200 pessoas estavam presentes no plenário do Legislativo municipal para participarem do debate. Na ocasião, representantes da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) fizeram parte da composição da Mesa Diretora.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
O debate que estava marcado para às 13h30 da última quinta-feira (19) foi suspenso antes mesmo de começar. Uma confusão entre professores e a presidente da mesa, deputada Mara Caseiro, que conduzia o evento, impediu o início do debate.
Houve agressões no plenário entre participantes e foi necessária intervenção policial.
PROJETO
O projeto prevê que banners e/ou faixas fiquem expostos dentro de salas de aulas e também em paredes das escolas para que todos fiquem ciente de que os professores não podem defender nem constranger alunos com suas opiniões moral e políticas. Professores também não poderão mobilizar e fazer propaganda político partidária, se o projeto for aprovado.
Porém, opositores ao projeto consideram a proposta inconstitucional. No ano passado, a chamada de “Lei da Mordaça” foi proposta pelo ex-vereador e atualmente deputado estadual Paulo Siufi (PMDB) e chegou a ser aprovada, mas foi vetada pelo ex-prefeito Alcides Bernal (PP), após muita polêmica.