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Em comunicação interna, prefeitura anuncia corte de plantões em 32 unidades de saúde

Plantões serão suspensos a partir do dia 1º de novembro

LUANA RODRIGUES

20/10/2017 - 18h19
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Uma circular interna distribuída hoje pela Prefeitura de Campo Grande comunicou profissionais que atuam em 32 unidades da rede pública de saúde que haverá corte de plantões a partir do dia 1º de novembro. Uma das especialidades mais afetadas é a odontologia.

No comunicado, a informação é de que “considerando as dificuldades financeiras da Prefeitura de Campo Grande e da Secretaria de Saúde, e para adequação das despesas com recursos humanos”, haverá suspensão dos serviços de plantão eventual nas unidades.

A comunicação traz ainda uma lista das unidades, com as respectivas horas de plantão a serem suspensas, e solicita aos reponsáveis pelas áreas técnicas “que, por ventura, venham a sofrer grande impacto na assistência com tal medida, que se manifestem em caráter de urgência até o dia 25 de outubro de 2017”.

Procurada pelo Portal do Correio do Estado, a Secretaria de Sáude do município (Sesau) informou, por meio de assessoria de imprensa, que não haverá suspensão imediata de nenhum atendimento.

“O documento em questão trata-se de uma Circular Interna (CI), ou seja, material de consumo interno, que tem por finalidade requerer aos setores citados a viabilidade de se manter ou não tais plantões e os eventuais impactos na assistência”, justificou.

Ainda conforme a Sesau, a medida é decorrente da indisponibilidade financeira do município, considerando que os plantões geram impacto significativo na folha, girando em torno de R$ 5 milhões por mês. 

Por fim, o órgão informa que, mesmo que seja deliberada pela interrupção dos plantões, a decisão não acarretará em prejuízos significativos na assistência e a população continuará sendo bem assistida, através da redefinição de fluxo de atendimento, conforme comprovado em estudo de impacto feito previamente.

Confira abaixo a lista das unidades e a quantidade de horas a serem suspensas:

- Centro de Especialidade Infantil - 420 horas de plantão/ mês

- Centro de Atendimento a Mulher - 340 horas de plantão/ mês

- Centro Especializado em Odontologia (CEO) II - Dra Maria de Lourde Minei - 1526 horas de plantão/ mês

- CEO II - Dr. Édio de Figueiredo -  1474 horas de plantão/ mês

- CEO II - Dr. Rudá Azambuja Santos - 1798 horas de plantão/ mês

- CEO III - 2064 horas de plantão/ mês

- Centro de Referência a Saúde do Homem - 378 horas de plantão/ mês

- Coordenadoria da Rede de Assistência Odontológica - 840 horas de plantão/ mês

- Coordenadoria da Rede de Saúde Mental - 690 horas de plantão/ mês

- Divisão de Almoxarifado - 1515 horas de plantão/ mês

- Divisão de Assistência Farmacêutica - 768 horas de plantão/ mês

- Gerência de Gestão de Compras e Licitação - 24 horas de plantão/ mês

- Gerência de Logística e Manutenção - 768 horas de plantão/ mês

- Gerência de regulação ambulatorial - 5018 horas de plantão/ mês

- Hospital da Mulher - 3132 horas de plantão/ mês

- Policlínica Odontológica - Dr. Helio Y. Ikeziri - 660 horas de plantão/ mês

- Policlínica Odontológica - Dr. Mario C. Lima - 660 horas de plantão/ mês

- Policlínica Odontológica - Dr. M. Chiade - 660 horas de plantão/ mês

- Policlínica Odontológica - Caic - 780 horas de plantão/ mês

- Policlínica Odontológica - Macaúbas/ Universitário - 660 horas de plantão/ mês

- Policlínica Odontológica - Vila  Rica - 660 horas de plantão/ mês

- Serviço de Gestão dos Equipamentos em Saúde - 496 horas de plantão/ mês

- Serviço de Transporte - 9036 horas de plantão/ mês

- Serviço Médico - 378 horas de plantão/ mês

- UBS Aero Rancho - 540 horas de plantão/ mês

- UBS Coophavila - 540 horas de plantão/ mês

- UBS Nova Bahia - 660 horas de plantão/ mês

- UBS Nova Lima  - 660 horas de plantão/ mês

- UBS São Francisco - 660 horas de plantão/ mês

- UBS Universitário - 360 horas de plantão/ mês

- UBS Parque do Sol - 660 horas de plantão/ mês

- Unidade Móvel em Saúde - 3270 horas de plantão/ mês

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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