A Polícia Civil realiza hoje a reprodução simulada do caso da tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romero Nogueira que matou o marido a tiros, o major da PM, Valdeni Lopes Nogueira. Procedimento faz parte da investigação para apurar a veracidade da versão da mulher, que alega legítima defesa.
Policiais fecharam as imediações da residência de Itamara e duas equipes de perícia, bem como cinco investigadores conduzem a reprodução, coordenada pelo delegado Cláudio Graziani Zotto.
Já Itamara chegou acompanhada do advogado José Roberto Rodrigues da Rosa e não falou com a imprensa.
Autoridade policial explicou que o procedimento será dividido em quatro momentos, sendo a chegada da Polícia Militar ao local, a chegada do Corpo de Bombeiros, a chegada do oficial da PM e, por fim, as circunstâncias da morte do major Valdeni, com base no que foi relatado por Itamara em depoimento.
Delegado Cláudio Zotto pretende confrontar a alegação de legítima defesa apresentada pela tenente-coronel, com as versões dos militares, tanto da polícia quanto dos Bombeiros, que atenderam a ocorrência.
Responsável pelas investigações sobre o caso justificou que não conseguiu vislumbrar com clareza nem cenário de homicídio e nem de legítima defesa, no entanto, existem fatos que resultaram na morte de uma pessoa ferida a tiros que chegou a ser levada ao hospital.
Em razão das dúvidas é que se faz necessária a reprodução simulada para melhor esclarecer o contexto dos fatos.
Procedimento começou por volta das 10h e não tem horário para terminar. Serão feitas análises no interior do imóvel, onde teria ocorrido briga do casal, e também na varanda, onde o major foi baleado.
CASO
Itamara matou o marido a tiros, na tarde do dia 12 de julho, em casa, no Bairro Santo Antônio, em Campo Grande. Os dois teriam discutido após o major ter desistido de uma viagem que fariam em férias, no dia seguinte, para o nordeste.
Uma das alegações é de que o militar teria ido na direção ao carro, na garagem, buscar sua arma para matar a mulher, momento em que foi baleado por ela. A defesa sustenta que a tenente-coronel era vítima de violência doméstica. Mas até onde se tem registro, não há denúncias formais, pelo menos fora de sigilo.
Outra versão é de que ela teria agido de forma premeditada para se vingar de supostas traições cometidas por Valdeni. Também há rumores de que Itamara era ciumenta e responsável direta por diversas brigas entre o casal ao longo do tempo de união.