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Defesa pede escolta policial
para acusados de matar Wesner

Advogados afirmam que réus foram ameaçados por familiares da vítima

LUANA RODRIGUES

23/10/2017 - 14h00
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Marcada para o dia 30, próxima segunda-feira, a terceira audiência sobre a morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, agredido no dia 3 de fevereiro em um lava a jato no bairro Morumbi, poderá ter reforço policial.

Em manifestação feita à Justiça no dia 20, sexta-feira, a defesa dos denunciados pelo crime, Thiago Giovani Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 31 anos, acusa a família da vítima de ameaça e, por isso, solicita ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, que reforce a segurança no Fórum na próxima audiência referente ao caso, com escolta aos acusados.

Conforme o documento, assinado pelo advogado Francisco Guedes Neto, na última audiência do caso, feita no dia 2 de outubro, a família de Wesner fez uma manifestação em frente ao Fórum. Segundo a defesa dos acusados, na saída da audiência, dois manifestantes teriam ameaçado Thiago e Willian, "dando a entender que estavam portando uma arma de fogo debaixo de suas vestes", afirmou o advogado.

De acordo a manifestação, a situação teria acontecido no térreo do Fórum, o que teria "forçado" os acusados a deixarem o local pelo estacionamento e, mesmo assim, sendo insultados e xingados, diz a defesa.

Ainda como explica o advogado, no dia 30, às 15h30, testemunhas de defesa serão interrogadas e réus serão ouvidos novamente, e a família da vítima está convocando mais uma manifestação em frente ao Fórum, o que, segundo a defesa, coloca em risco os acusados.

Familiares de Wesner em protesto na última audiência sobre o caso.

"Os réus acreditam no bom senso da Justiça! O direito à livre manifestação não pode se sobrepor às demais garantias constitucionais do cidadão brasileiro, sobretudo àquelas que lhe garante a segurança, o respeito à dignidade da pessoa humana, e à presunção de inocência", alega a defesa.

Com base nestes argumentos, no documento, os advogados solicitam que o juiz disponibilize as imagens capturadas do piso “térreo" do Fórum e, caso haja a disponibilização das imagens, que oficie a autoridade competente para investigar sobre a autoria e a possível ocorrência de crime de ameaça.

O advogado solicita ainda que o magistrado determine que os familiares da vítima façam suas manifestações em apenas uma das entradas do Fórum, possibilitando, assim, a entrada e a saída dos acusados em segurança. A defesa requisita, ainda, reforço policial (segurança) para realizar a escolta dos acusados, desde a entrada até a saída do Fórum no dia da audiência.

As solicitações ainda passarão por análise da Justiça. Thiago e Wesner foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio doloso, quando se tem intenção ou se assume o risco de a conduta resultar em morte.

Já a defesa alega que a denúncia está "divorciada do depoimento da vítima e da declaração da única testemunha ocular do caso".

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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