Com a crise nacional e queda na transferência de recursos da União, a prefeitura de Campo Grande teve queda na receita e teve de cortar R$ 301 milhões do orçamento de 2015. O contingenciamento atingiu principalmente os gastos com pessoal (R$ 218,8 milhões) e o custeio (R$ 48 milhões).
O contingenciamento orçamentário foi acompanhado de medidas como o decreto que determinou corte de gastos com custeio, a redução de gratificações, adequação dos plantões na saúde. Estas medidas de imediato garantiram redução de R$ 12 milhões na folha do pagamento, que em março atingiu 52% da receita líquida, acima do limite prudencial de gastos com pessoal fixado em 51% pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O secetário-adjunto de Planejamento, Ivan Jorge, lembra que o orçamento foi elaborado e aprovado pela Câmara em outubro, tendo como referência o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) corrigido em 23%; 23% de participação no rateio do ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação). Como o IPTU foi reajustado em 12% e o índice do ICMS ficou em 21,40%; a crise econômica impactou a receita com o ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) e os repasses do Fundo de Participação, " tivemos que adequar a previsão de gasto com a nova realidade financeira. Esta soma de fatores e contingências derrubou a projeção de receita em R$ 181,14 milhões.
O relatório de gestão fiscal divulgado na edição do Diário Oficial da última segunda-feira, em abril de 2014, evidenciou o impacto desta situação nas finanças da Prefeitura. A receita corrente líquida da Prefeitura ,(que é o recurso que a administração municipal efetivamente dispõe para pagar salários,custeio e investimentos, somou R$ 189.193.738,98 milhões. Já a do último mês de março, somou R$ 178.237.573,67. Ou seja redução de 6,14%. Em contrapartida, os gastos com pessoal (incluindo aposentados e pensionistas) -passaram de R$ 106,8 milhões para R$ 187 milhões.