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Prefeitura aguarda chegada de 36 mil doses de vacina contra a gripe

Quantidade será para imunizar professores e quem não conseguiu vacinar

VALQUÍRIA ORIQUI

25/05/2016 - 15h26
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A Prefeitura de Campo Grande aguarda a chegada de 36 mil doses de vacinas extras solicitadas ao Ministério da Saúde antes do término da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe A. De acordo com a assessoria comunicação da prefeitura, seis mil doses foram solicitadas na semana passada após a morte de professor que lecionava em Escola Estadual e seriam destinadas a professores da cidade, as outras 30 mil seriam destinadas ao público em geral que não conseguiu encontrar vacina nos postos.

As doses foram requisitadas diante do argumento da prefeitura de que o número de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde não corresponde a quantidade de pessoas tidas como prioritárias.

Para o coordenador da mesa diretora do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Junior Arinos, as informações repassadas ao órgão federal não correspondem com a realidade da Capital.

“O Ministério liberou o número de vacinas pelos dados históricos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas a quantidade de pessoas inclusas no grupo de risco não corresponde com o número real de pessoas que deveriam receber a vacina, ou seja, recebemos menos do que o necessário”, explicou.

A quantidade de idosos e pessoas com comorbidades (doenças crônicas) são os grupos onde foram encontradas diferenças entre dados do IBGE e do mapa de aplicações de doses. “Já foram vacinados mais de 93% do público prioritário e a procura pela imunização ainda continua alta, sendo que a meta do Ministério da Saúde é bem menor, 80%”, avaliou o coordenador.

Diante dos 22 óbitos contabilizados em Mato Grosso do Sul por conta da gripe H1N1, o Conselho Municipal de Saúde vai solicitar ao Governo do Estado e ao Ministério da Saúde que busquem alternativas para o controle da doença, já que o Estado vive situação epidemiológica diferente do resto do País. Na manhã de hoje (25), Sebastião esteve reunido com equipes da área da saúde e, um dos problemas levantados foi justamente a quantidade de vacinas enviadas.

Ainda de acordo com o coordenador, o momento não é de procurar culpado, e sim de resolver o problema. “Independente se culpa foi do Estado, Município ou Federal, não queremos saber, queremos o direito da população garantido. Se o Ministério não consegue atender a população vulnerável, os outros dois gestores têm que comprar a vacina. O Ministério da Saúde tem que criar ações diferenciais para este Estado devido ao momento vivido”, pontuou o responsável pelo Conselho ao destacar que São Paulo enfrenta a mesma problemática.

Para finalizar, Sebastião alegou que consta no Ministério Público do Estado inquérito aberto para apurar possíveis irregularidades aos lotes de vacinas repassados pelo Governo Federal. “Apesar de tudo, as doses para a segunda aplicação nas crianças de 6 meses a dois anos, estão garantidas”, observou.

TRATAMENTO

Parte da quantidade dos 100 mil lotes do medicamento Tamiflu, utilizado no tratamento de pessoas infectadas com H1N1, solicitados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) junto ao Ministério da Saúde, que já confirmou o envio da substância, porém de forma fracionada, está previsto para chegar hoje (25).

A informação foi confirmada na manhã de hoje (25), durante agenda pública do Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), pelo secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Victor Barros.

“Ontem recebemos 500 comprimidos. A previsão é de que cheguem mais hoje. A medida que formos utilizando, vão encaminhando, de forma fracionada”, afirmou Barros sem precisar a quantia que deve ser enviada pelo órgão Federal.

Além disso, o responsável pela pasta no momento afirmou que a segunda dose para vacinação das crianças de seis meses a dois anos, já está garantida.

Com relação à criança de oito anos internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Santa Casa de Campo Grande com suspeita da doença, Victor garantiu que tanto o irmão, quanto os pais da menina já estão sendo medicados com Tamiflu (medicamento usado no tratamento da gripe A).

“Existe protocolo pelo do Ministério da Saúde que adotamos em Campo Grande e fazemos o tendimento aos pacientes conforme queixa clínica. Em casos suspeitos de H1N1 é introduzido o Tamiflu no tratamento”, relatou.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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