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Médico e advogado se comovem e ajudam confeiteiro que pesa 300 kg

Balão gástrico será implantado por voluntário comovido com o caso

VALQUÍRIA ORIQUI

13/12/2016 - 17h32
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Depois que a reportagem do Portal Correio do Estado publicou matéria, na semana passada, contando o drama de Fabiano Ferreira, de 36 anos, que se arrasta por cinco anos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), na tentativa de conseguir um balão gástrico para conseguir perder peso e ser submetido a cirurgia da perna direita, diversas pessoas procuraram o confeiteiro na intenção de ajudá-lo a acelerar o processo.

O advogado Rafael Dauria, que, sensibilizado com as condições de saúde do homem, pegou a causa gratuitamente e vai acionar a Justiça para que o problema seja resolvido o mais breve possível. “O que me chamou a atenção é que o rapaz aguarda desde 2011 na fila do SUS. Resolvi ajudar porque, para mim, que estou nesse meio, é simples de resolver. Eu não tenho custo, e fora que é gratificante”, contou o advogado.

Para acertar os detalhes de como tudo iria proceder, Rafael foi conhecer Fabiano pessoalmente. “Estive lá e vi que ele é uma boa pessoa, daí que tive mais vontade de ajudá-lo”, descreveu Dauria. Ao Portal Correio do Estado o advogado explicou que, na tarde de hoje, daria entrada em medida judicial com pedido tutela de urgência. “É uma espécie de uma liminar que pedimos para agilizar o procedimento, pois a situação dele é muito grave”, ponderou.

Conforme o advogado, a situação de Fabiano chegou neste estado porque ele não tem condições de perder peso se não colocar o balão gástrico. “Provavelmente essa semana vamos pedir para o juiz agilizar essa urgência. Posteriormente eles vão enviar para equipe multidisciplinar avaliar o caso dele, que não demanda apenas de cirurgia gástrica. A questão dele depende de tratamento psicológico com profissional adequado, tratamento com nutricionista. Essa série de fatores será analisada pelo juiz. Vamos correr contra o tempo porque o judiciário entra em recesso na sexta-feira, 16”, destacou.

Em parceria com Rafael, o médico endoscopista, Thiago Alonso Domingos, também leu a reportagem e se sensibilizou com o caso do confeiteiro. “Eu olhei no celular e cliquei, pois me chamou atenção, já que é um assunto que estou acostumado. Me sensibilizei, entrei em contato com o número de telefone que tinha na reportagem e o próprio Fabiano atendeu. Então ele me contou que o advogado Rafael estava ajudando-o, entrei em contato com ele e me dispus a realizar o procedimento em Fabiano”, relatou o médico.

Thiago vai implantar em Fabiano o balão gástrico, porém, precisa do local e dos materiais em mãos. “Emiti hoje um documento para Rafael saber os materiais que temos que pedir. Também já dei entrada na Santa Casa para ver se conseguimos um espaço para fazer o tratamento de Fabiano, pois, no caso dele, deve ser feito dentro de um hospital”, reforçou.

“Assim que a Santa Casa ceder o espaço e assim que chegar o material, podemos realizar o tratamento. Tem todo um processo a seguir, estamos iniciando esse processo, acredito que em janeiro, se tudo der certo, vamos conseguir implantar o balão gástrico”, afirmou Domingos.

O CASO

Há aproximadamente um mês sem conseguir permanecer por mais de 15 minutos em pé ou sentado, Fabiano Ferreira, de 36 anos, que há seis descobriu que sofre de erisipela - doença infecciosa aguda, caracterizada por uma inflamação da pele, aguarda há cinco anos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia do estômago, consequentemente perder peso e, então, poder operar a perna afetada.

Por conta do inchaço e das crises que a doença desencadeia, como dor de cabeça, febre, náusea e dor na perna, o confeiteiro, que hoje pesa 300 quilos, por orientação médica parou de trabalhar, passa a maior parte do dia deitado e depende da mãe, a dona de casa Izildinha Ferreira, de 61 anos, para desempenhar algumas tarefas.

As refeições são elaboradas pela mãe, que leva o alimento congelado ao filho, que mora sozinho no Bairro Los Angeles, em Campo Grande. Há dois anos, Fabiano descobriu que sofre de hipotireoidismo - disfunção na tireoide, glândula que regula importantes órgãos do organismo, que se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

Conforme ele, todas as vezes que pergunta sobre o andamento do processo da cirurgia, o SUS fala que perdeu a documentação. “Quando vou tentar saber sobre previsão de ser operado, o SUS alega que não estou na fila e fazem o cadastro novamente. Isso já aconteceu cinco vezes”.

Indignado com o descaso do serviço público de saúde, Fabiano vê como uma das alternativas, comprar o balão gástrico, que custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Não temos condições de comprar, por isso precisamos de ajuda. Com o balão em mãos levamos para um médico apto colocá-lo”.

INÍCIO DA TARDE

Helicóptero do governo, com quatro pessoas, cai em Campo Grande

Queda ocorreu no Aeroporto Santa Maria e todas as vítimas sobreviveram

18/04/2024 12h32

Helicóptero da Casa Militar do governo de MS caiu no Aeroporto Santa Maria Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Um helicóptero do governo de Mato Grosso do Sul caiu, no início da tarde desta quinta-feira (18), no Aeroporto Santa Maria, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande, após uma pane no motor.

O helicóptero era da Casa Militar do Governo do Estado e, no momento da queda, quatro servidores vinculados ao órgão estavam dentro da aeronave e foram socorridos com vida, sendo dois pilotos e dois tripulantes.

Equipes do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram encaminhadas ao local para prestar os primeiros socorros.

Em avaliação inicial, todas as vítimas estavam conscientes e não tinham ferimentos graves, apresentando apenas escoriações.

Apenas uma das pessoas foi encaminhada para o Hospital da Cassems, apresentando dor lombar.

Em nota, o governo informou que o acidente ocorreu na cabeceira da pista de pouso aeroporto e foi causado por uma pane.

"A aeronave envolvida no acidente é um helicóptero matrícula PT-HBM, modelo Bell 206. O mesmo estava há 20 minutos no ar, em um voo semanal de giro realizado para preservação do equipamento. Durante o voo feito nas redondezas do Santa Maria, o motor sofreu uma pane", diz a nota.

Ainda segundo o governo, uma manobra de emergência, chamada autorrotação foi realizada pelos pilotos, para que o pouso ocorresse na lateral do aeroporto, mas houve o incidente.

"Ao tocar o solo, o helicóptero pironou - nome para uma espécie de capotagem - e acabou ocasionando o acidente. Como já estava em solo, a gravidade do ocorrido foi reduzida consideravelmente", conclui a nota.

A Polícia Militar também está no local, assim como a Civil, através do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), para investigações e trabalhos de praxe.

* Matéria atualizada às 13h15 para acréscimo de informações

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

VACINA DA DENGUE

Com doses prestes a vencer, vacinação contra a dengue é ampliada na Capital

Ministério da Saúde recomendou que público seja ampliado para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em cidades que têm vacinas prestes a vences, para evitar desperdício do imunizante

18/04/2024 12h30

Ampliação do público-alvo começa hoje em Campo Grande, às 13h Foto: Rogério Vidmantas/ Prefeitura de Dourados

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A partir desta quinta-feira (18), as vacinas contra a dengue próximas do vencimento serão aplicadas em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, em Campo Grande. A ampliação do público começa às 13h.

Segundo consta em nota técnica do Ministério da Saúde, crianças e adolescentes de 6 a 16 anos terão a oportunidade de tomar a vacina. A recomendação anterior, do qual definiu a faixa etária de 10 a 14 anos como a ideal, segue mantida para municípios que não tenham lotes vencendo.

Ainda na nota, o Ministério afirma que a ampliação pode continuar ocorrendo em caso de sobras.

"Em caso de necessidade, esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina dengue (atenuada), que compreende dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município com vencimento em 30 de abril de 2024.", segundo trecho presente na nota.

Além disso, reforça que esta ação é uma estratégia temporária visando não perder doses de vacina. Também garante que a segunda dose para pessoas que seguirem a nova recomendação.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), a cidade possui hoje 1,3 mil doses disponíveis e, como há um estoque reduzido na quantidade do imunizante, talvez falte em alguns dos 74 postos de saúde.

Ademais, reforçam que como as primeiras doses foram recebidas no dia 11 de fevereiro, o esquema vacinal ainda não foi concluído, pois há um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose. Por isso, um novo lote de vacinas deve chegar na capital em maio.

Os locais de vacinação são: 

  • UBS 26 de Agosto
  • USF Tarumã
  • USF Noroeste
  • USF Cidade Morena
  • USF Parque do Sol
  • USF Cel. Antonino
  • USF Moreninha
  • USF Lar do Trabalhador
  • USF Albino Coimbra
  • UBS Silvia Regina
  • UBS Dona Neta
  • USF Botafogo
  • USF São Francisco
  • USF Caiçara

SITUAÇÃO NO ESTADO

Em Mato Grosso do Sul, a baixa procura pelas doses preocupam e está longe da recomendação de abranger os 90% do público-alvo.

No início de março, apenas 13% da população estavam à procura do imunizante. Na época, apenas a faixa etária de 10 e 11 anos estavam recebendo as doses e, logo depois, esse público foi ampliado para 10 a 14 anos, conforme a recomendação atual.

Há um mês, 40 dias depois do começo da vacinação no dia 11 de fevereiro, apenas 8,3 mil imunizantes haviam sido aplicados na capital, um terço do total recebido, cerca de 24,6 mil doses. 

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