Agentes da Força Nacional de Segurança e policiais militares fizeram reforço na segurança do Presídio de Segurança Máxima da Capital neste domingo (dia de visita) para dar apoio aos agentes penitenciários de plantão.
Em assembleia realizada na quinta-feira, a categoria decidiu não fazer mais horas extras para pressionar o governo a atender reivindicação da classe, que protesta contra o déficit de agentes.
Uma servidora, que não quis se identificar, diz que o salário é pouco e que os agentes acabam fazendo hora extra para ganhar mais, além de evitar que aconteça o registrado neste domingo, de deixar um estabelecimento com número reduzido de agentes.
Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado
Helicóptero da Sejusp acompanhou movimentação na Máxima este domingo
Barril de pólvora
Em reportagem publicada semana passada pelo jornal Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado do Mato Grosso do Sul (Sinsap), André Luiz Garcia Santiago, disse que o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul está em meio a uma crise, assemelhando-se a um barril de pólvora pronto para explodir a qualquer momento.
Segundo ele, a administração estadual está ignorando, ou olhando de maneira isolada, uma série de ocorrências que vem sendo registrada em estabelecimentos penais, tanto de Campo Grande quanto das cidades do interior, e que são indicativos da gravidade do problema.
Apesar disso, até agora o Governo, e particularmente, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Sílvio Maluf, e mesmo o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Pedro César Figueiredo, ainda não se manifestaram sobre o assunto ou sobre medidas práticas que serão tomadas.