Com enfermeiros ainda em greve e sem atendimento na maior parte das unidades de saúde de Campo Grande, a administração municipal concentrou o serviço de vacinações em postos de quatro bairros da cidade que normalmente atentem de segunda a sexta-feira, mas tiveram o expediente estendido também para os finais de semana.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o atendimento de vacinação será feita na UBS do Tiradentes, Coronel Antonino, Nova Bahia e Guanandi, das 7h às 17h, sem intervalo, por meio de distribuição de senha.
Desde de o início da paralisação, no dia 20 do mês passado, por reivindicação de reajuste salarial de 8,5% e o retorno dos plantões cortados pela prefeitura como medida de economia, a população enfrenta dificuldades para fazer exames e aplicação de vacina, já que há atividades de poucos trabalhadores.
O município recorreu à Justiça e obteve tutela antecipada para o retorno de 80% dos profissionais ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 3 mil limitada a 30 dias. A decisão do desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho, concedida no dia 22 de junho, é questionada pela categoria que defende ter 100% dos enfermeiros e técnicos atuando em urgências e emergências.
PARALISADOS
Foram reduzidos em 30% o número de enfermeiros e técnicos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Já no Hospital da Mulher, Pronto Atendimento Integrado (PAI) e Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) a paralisação chega a 50%, sendo elevada a 70% no caso de Centros Regionais de Saúde (CRSs). Esta é total nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), não ocorrendo apenas em escalas de serviços de urgência e emergência que permanecem inalteradas.
Além do reajuste, a categoria que é composta por mil profissionais concursados pretende ampliar em até cinco anos os vencimentos da enfermagem de R$ 2,1 mil para R$ 3.770 e dos técnicos de R$ 1,1 mil para R$ 2.040. Em ambos os casos a jornada é de 40 horas semanais.