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Auditoria da Solurb termina na sexta e prefeito fala em
"prática de crime"

Com documentos, prefeitura deve pedir afastamento da empresa

ALINY MARY DIAS E VALQUÍRIA ORIQUI

30/11/2015 - 11h19
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Devem ser encerrados na próxima sexta-feira (4) os trabalhos da comissão de auditoria que desde de agosto analisam documentos da CG Solurb, concessionária responsável pela coleta de lixo e administração do aterro sanitário de Campo Grande. Segundo o prefeito Alcides Bernal (PP), providências serão tomadas.

A expectativa é que a prefeitura solicite suspensão dos trabalhos da empresa, ou seja, a afaste legalmente da prestação de serviços.

Em agenda pública nesta segunda-feira, o prefeito afirmou que o relatório de peritos federais solicitados pela Polícia Federal e revelam que a Solurb não tinha capital social para assumir o serviço ainda não chegou oficialmente à procuradoria-jurídica da prefeitura.

“Nossa comissão realiza o trabalho de analisar as notas fiscais, isso deve encerrar na sexta. Acompanhando também o trabalho de coleta do lixo porque não está sendo executado como deveria ser. É uma situação grave, prática de crime e vamos tomar providência com base no contrato e na legislação vigente”, afirmou Bernal.

HISTÓRICO

Quando a coleta de lixo em Campo Grande passou a sofrer interrupções, nos meses de setembro e outubro deste ano, houve a discussão se a suspensão do contrato poderia ser feita. Contudo, a prefeitura alegou que não havia embasamento jurídico. A coleta foi prejudicada porque a empresa alegou não ter dinheiro para pagar os mais de 1 mil funcionários, que cruzaram os braços.

A CG Solurb, na época, informou que o repasse público estava atrasado. Em acordos realizados na Justiça do Trabalho e em razão de ação na Justiça Estadual movida pela concessionária, a prefeitura pagou mais de R$ 1,5 milhão ao consórcio e teve R$ 19 milhões bloqueados.

Ao mesmo tempo, a Agereg passou a analisar as notas fiscais para verificar se o serviço cobrado tinha sido, de fato, realizado. Por conta de acordo judicial, uma comissão também foi montada para analisar a qualidade do trabalho da concessionária.

Uma publicação no Diário Oficial do Município, em 28 de outubro, instituiu essa comissão, com membros da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), da Agereg, da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) e da CG Solurb Soluções Ambientais SPE Ltda.

O laudo da perícia federal comprovando que a Solurb fraudou documentos para participar da licitação do lixo em 2012 deve chegar à prefeitura nesta semana.

INVESTIGAÇÃO

Laudo elaborado por peritos federais concluíram que a CG Solurb não poderia assumir a prestação de serviço de coleta de lixo com a prefeitura de Campo Grande. A empresa tornou-se concessionária em 2012 e o valor do contrato inicialmente era de cerca de R$ 51,6 milhões e neste ano o poder público municipal pagará cerca de R$ 108 milhões. ​

De acordo com o documento, a empresa não tinha patrimônio mínimo exigido para participar do processo licitatório. O valor obrigatório era de R$ 53.800.000,00, mas foi comprovado, após perícia, que a empresa tinha capital de R$ 3.598.000,00.

Quem forma o consórcio é a LD Construções e a Financial Construtora Industrial. As duas são investigadas pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal na operação Lama Asfáltica, deflagrada em 9 de julho e que indicou o desvio milionário em obras dos governos de Campo Grande e do Estado.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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