Ninho de arara Canindé foi reformado, hoje, durante operação integrada entre biólogos, bombeiros e militares em Campo Grande. Havia risco de queda da estrutura, uma vez que o babaçu escolhido pelas aves estava condenado e ameaçava cair sobre avenida no Bairro Morada Verde.
Larissa Tinoco, bióloga do Instituto Arara Azul e doutoranda da Uniderp, acessou o ninho com ajuda de plataforma aérea do Corpo de Bombeiros. Dois filhotes estavam no tronco oco, resultante de replantio mal sucedido há seis anos. Essa, inclusive, é a média de reprodução da espécie.
Enquanto as ararinhas eram medidas e pesadas, militares serraram parte da estrutura do tronco que tinha uma cinta de metal. A medida preventiva, autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente, foi adotada pelo risco desta cair sobre a Avenida Prefeito Heráclito Diniz.
“Falta de comida no entorno trouxe as araras para a cidade. É excelente pela biodiversidade, mas requer que as pessoas não as alimentem ou tenham como animal de estimação”, disse a presidente do instituto e professora doutora, Neiva Guedes.
Realizado o manejo, os filhotes foram recolocados no ninho sob olhar atento dos pais que sobrevoavam a região. Com 306 e 410 gramas, respectivamente, eles serão os últimos moradores do babaçu. Isso porque ele será substituído logo depois dos moradores atuais migrarem do local.
CUIDADO
No Dia da Árvore, vale relembrar que corte ou remoção de árvores só podem ser realizados com autorização de órgão competente da Prefeitura de Campo Grande. Caso contrário, pode ser aplicada multa entre R$ 350 e R$ 12 mil. Fica proibido, no entanto, colocar cartazes no tronco.
Maria Luiza Rolim, chefe da divisão de fiscalização da Semadur, explicou que o processo de autorização deve ser requerido na Central de Atendimento ao Cidadão. O laudo, neste caso, tem prazo médio de 15 dias para ser emitido e entregue ao requerente.