Com a fronteira escancarada, traficantes da Bolívia estão entupindo o Brasil de cocaína, despejando no País volumes cada vez maiores do entorpecente. A linha fronteiriça a partir de Corumbá continua sendo o ponto mais vulnerável, uma porteira aberta aos narcotraficantes, que não se limitam mais às pequenas remessas por automóveis ou ônibus, partindo para os grandes carregamentos. Ontem, por exemplo, agentes da Polícia Federal interceptaram, no fim da manhã, uma carga com pouco mais de 700 quilos da droga boliviana. O fato foi registrado por volta das 11 horas, já na BR-262, na altura do Indubrasil. A remessa, se considerado o destino, poderia chegar a cerca de R$ 10,5 milhões.
Este é a segunda grande apreensão do entorpecente, em menos de um mês, em Mato Grosso do Sul, pela Polícia Federal. A anterior aconteceu em novembro, na região de Paranaíba, onde também foram barrados 700 quilos da mesma droga.
Segundo informações divulgadas na tarde de ontem, pela Superintendência Regional da PF, em Campo Grande, em decorrência de minucioso trabalho de investigação, agentes da Delegacia de Entorpecentes dirigiram-se à BR-262 e, na altura do Indubrasil, abordaram uma carreta Scania branca, procedente de Corumbá. Depois de um rápido interrogatório do motorista, que viajava sozinho, e revista na carga de ferro-gusa que o veículo transportava, os federais encontraram centenas de tabletes de cocaína, que pesaram pouco mais de 700 quilos.
A reportagem, de Thiago Gomes, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.