A menina de dois anos e seis meses, cuja polícia suspeita que tenha sido espancada em Coxim, já respira sem ajuda de aparelhos. A criança está internada no Hospital Universitário de Campo Grande desde o último final de semana.
Conforme o HU, a menina, que sofreu uma lesão na cabeça e teve o intestino perfurado, recupera-se bem das infecções e começou a se alimentar por sonda hoje. A alimentação está sendo monitorada para que seja verificado se ela vai tolerar a dieta alimentar.
Apesar da boa notícia quanto a recuperação da criança, a investigação sobre o caso é um mistério. A apuração estava a cargo da titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Dam) de Coxim, Sandra Regina Simão de Brito Araújo, porém, na delegacia, a informação é de que ela está de licença e o caso ficou a cargo de Sílvia Elaine Girardi, títular do 1º DP da cidade.
O Portal Correio do Estado tentou contato com a delegada Girardi por telefone, por diversas vezes, no entanto, ela não atendeu às ligações.
AGRESSÕES
A criança veio transferida de Coxim para Campo Grande e a suspeita é de que tenha sido espancada pela própria mãe, de 16 anos. De acordo com um laudo ao qual o Portal Correio do Estado teve acesso, a menina sofreu traumatismo craniano e um rompimento no intestino, além de várias lesões pelo corpo.
Conforme o site Coxim Agora, a mãe da menina levou a filha ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, em Coxim, na quinta-feira (12), porque a criança estava passando mal. Em uma avaliação preliminar, os médicos constataram que ela estava em estado grave e suspeitaram das agressões.
No hospital, a mãe negou o crime e disse que a criança havia escorregado num tapete da casa onde mora, sofrido uma queda e batido com a cabeça no chão. Mesmo com a negativa de agressão pro parte da mãe, o caso foi denunciado à polícia, pelo Conselho Tutelar.
O Coxim Agora conversou com a tia da menina, Marizélia Rodrigues, que mora em Campo Grande. Ela contou que há algum tempo a criança vinha apresentando hematomas pelo corpo e que ela mesma já havia feito inúmeras denúncias na polícia para que o caso fosse apurado, inclusive, foi orientada a tirar fotografias das lesões para comprovar as agressões, mas nada foi feito.
Em imagens registradas pela tia, a criança aparece com o canto do olho vermelho, além de vários outros sinais nas pernas e no pescoço. Diante da gravidade, o caso foi registrado como maus-tratos.