O período seco e a falta de chuva está aumentando os focos de calor em Mato Grosso do Sul. Essa condição influencia muito em incêndios florestais e ainda pode ajudar a abaixar ainda mais o nível de umidade do ar.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou dados mostrando que nos primeiros 13 dias de julho, os focos de calor aumentaram 71% com relação ao mesmo período do ano passado.
O uso de satélite permite identificar regiões onde há temperatura acima de 47º C no solo. O equipamento utilizado é chamado de Aqua e é uma referência na identificação de incêndios florestais.
Esse mesmo monitoramento auxilia o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul a analisar áreas mais críticas e realizar ações preventivas para evitar os incêndios ou combatê-los antes que fiquem em grande proporções. "O monitoramento tem atualização diária", informou nota do governo do Estado.
DADOS
Na estatística apresentada, entre os dias 1º a 13 de julho de 2016 foram identificados 209 focos. Para o mesmo período deste ano, já foram 358 focos.
A maioria da situação crítica é notada em Corumbá. Depois aparece Aquidauana, Porto Murtinho e Campo Grande.
Segundo o chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Waldemir Moreira Júnior, com a chegada do inverno, que teve início no dia 21 de junho, estiagem e massas de ar seco costumam elevar os focos de calor e pontos no Estado muito secos.
“Acabou de iniciar o período da seca. No primeiro semestre choveu bastante, a vegetação cresceu, acumulou combustível. Em 30 dias sem chuva, aquela vegetação que acumulou começa a secar, em julho começa a queimar e até setembro são os meses considerados críticos”, explicou.
A recomendação para a população, por conta justamente das condições climáticas, é evitar colocar fogo em terrenos.