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DENÚNCIA

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Após plágio, candidato bolsonarista retira candidatura a reitor da UFMS

Programa de gestão era copiado de documento semelhante ao de chapa da Universidade Federal Fluminense (RJ)

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O professor Augustin Malzac retirou a candidatura a reitor da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - após denúncia de que seu programa de gestão continha plágio. O material era copiado de documento semelhante ao da Chapa Juntos Pela UFF, da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro.

Conforme documento obtido na Comissão Eleitoral, 11% do conteúdo era plágio, copiado e colado sem alteração, da chapa da outra universidade. Questionada sobre a situação a chapa de Malzac, “UFMS para Tod@s”, começou a discutir o assunto com total constrangimento. O resultado da reunião foi a desistência de vários membros da campanha, por acreditarem ser imoral disputar a eleição “falando em fazer diferente, mas copiando proposta de outros”, advertiu um interlocutor da Chapa.

A candidata à vice de Malzac, Marta Nunes da Costa, enviou um texto para os colaboradores da campanha que foi repassado para vários grupos de professores e servidores. Ela dizia que ficou em choque quando percebeu que a equipe havia plagiado parte de uma seção da proposta.  “Representando a ética acima de tudo, o compromisso com a verdade e com as boas práticas da administração pública, de imediato, posicionei manifestando a minha saída da chapa. O professor Malzac entendeu que deveria acompanhar-me. O que começa mal está condenado”, justificou a professora.

“Foi uma tristeza perceber que entre aqueles de confiança o mais básico não foi respeitado. Que usemos da experiência como grande lição. Sou grata ao apoio de todos e podem contar sempre comigo na defesa incansável pela integridade, transparência e uma cultura ética. Sem ética nada somos”, finalizou Marta Nunes da Costa. Em seguida, uma nova mensagem começou a circular afirmando que a Chapa teria enviado um e-mail retirando a candidatura. Em poucas horas, o site de campanha foi retirado do ar, assim como algumas mídias sociais.

A denúncia partiu da Chapa “Todos Somos + UFMS” que tem como candidato o atual reitor Marcelo Turine e a vice-reitora Camila Ítavo. Há algum tempo os membros da chapa estavam com receio do crescimento da chapa de Malzac porque, apesar de pouco conhecido na UFMS, ele tem alguma relação com o presidente Jair Bolsonaro e muita amizade com militares influentes no governo federal.

Para se ter uma ideia da relação com os militares, Augustin Malzac é professor do Curso de Medicina da UFMS tendo feito uma das três especializações em Medicina Militar na Escola de Saúde do Exército, no Rio de Janeiro. Durante o Mestrado em Medicina na USP – Universidade de São Paulo – Malzac pesquisou a Morfometria do Canal Vertebral no segmento Cervical em Jovens Militares. Antes disso, entre 1979 e 1980, foi bolsista de um curso técnico do Ministério da Aeronáutica e concluiu o primeiro e segundo graus no Colégio Militar do Recife. Essas informações foram inseridas pelo professor em seu currículo Lattes.

A afinidade de Malzac em relação aos bolsonaristas não pegou bem junto aos professores dos cursos de Humanas da UFMS, considerado majoritariamente de esquerda. Por esse motivo, os apoiadores adotaram um discurso para agregar pessoas descontentes com a atual gestão da UFMS, repleta de ameaças aos servidores, alto índice de assédio e chantagem por parte de membros da atual reitoria. A argumentação da Chapa ganhou novos adeptos nos cursos de Engenharia, Medicina e outros da área da saúde.

Como qualquer nome da lista tríplice, composta pelos candidatos com maior votação na consulta pública, pode ter a indicação do presidente para assumir o cargo de reitor, a chapa de Turine começou a se preocupar com o crescimento de Malzac.

Na visão de um pró-reitor ligado à campanha de Turine, o atual reitor é considerado do “Centrão”, tem rezado a cartilha de Bolsonaro e ficou quieto quando houve o corte de recursos das universidades federais. Por isso, existem boas chances para ser indicado pelo presidente. Só que não imaginavam ter um Bolsonarista ganhando espaço dentro da UFMS. A campanha foi planejada tendo como adversários candidatos com simpatia pela esquerda, como o professor Lincoln Carlos Silva de Oliveira, da chapa “UFMS + Vozes”, e a professora Elizabeth Maria Azevedo Bilange, candidata à reitora pela chapa “Cultura, Ciência e Consciência”.

Outro avanço de Malzac que preocupou os apoiadores de Turine foi a adesão dos grupos conservadores da UFMS e dos professores considerados mais elitizados e simpatizantes de Jair Bolsonaro. A estratégia desse núcleo político articulado da UFMS, que atua com maior força no Hospital Universitário, era apoiar Malzac para ser reitor figurativo com apoio da Presidência da República, enquanto os membros do núcleo assumissem cargos estratégicos dentro da reitoria, pró-reitorias e conselhos, para comandar de fato a UFMS e atender aos desejos do grupo que não foi contemplado durante a gestão de Turine.

A força política de Augustin Malzac também tem relação com um ex-professor de Clínica Médica do curso, o deputado federal Luiz Ovando (PSL), apoiador incondicional de Bolsonaro. Embora nenhum político tenha assumido a candidatura de Malzac, todos sabem que a presença dele na lista tríplice reduziria as chances de Turine. Até porque, relata um pró-reitor, a coordenação de campanha de Turine imaginava a disputa contra duas chapas de oposição e de esquerda, além de uma ou duas chapas de centro ou direita, mas todas sem forças para conseguir influência na indicação presidencial.

A consulta para reitor da UFMS acontece no dia 17 de julho e vai escolher o gestor da universidade para o período de 2020 a 2024. 

Dengue

Fumacê reforça a batalha contra o Aedes em três bairros: Centenário, Universitário e Vila Carvalho

O serviço de borrifação ultrabaixo volume (UBV), popularmente conhecido como Fumacê, circulará das 16h às 22h

18/04/2024 15h22

Os moradores devem abrir as portas e janelas para melhor eficácia do inseticida. Foto:Pref/CG

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Nesta quinta-feira (18), a estratégia de combate ao mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya, será intensificada em três bairros da capital de Mato Grosso do Sul: Universitário, Vila Carvalho e Jardim Centenário, das 16h às 22h.

O serviço de borrifação ultrabaixo volume (UBV), popularmente conhecido como Fumacê, será utilizado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

O esforço no combate a dengue precisa da colaboração dos moradores que devem abrir portas e janelas para uma melhor eficácia do inseticida. O objetivo é atingir os mosquitos adultos, especialmente as fêmeas transmissoras das doenças.

No entanto, a Sesau esclarece que condições meteorológicas desfavoráveis, como chuva, vento forte ou neblina, podem comprometer a eficiência da aplicação. Nessas circunstâncias, o serviço pode ser adiado ou cancelado.

Confira o itinerário do fumacê:

Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), os casos de Dengue em Campo grande reduziram 70% em comparação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o moquito que também é causador de doenças como Zika e Chykungunia, precisa ser constantemente combatido para o controle de endemias e epidemias.

Cabe destacar que é dentro das residências que estão 80% dos focos de proliferação do mosquito ‘Aedes aegypti’, e por isso as autoridades alertam a população, para que contribuam nas ações de controle e extinção dos criadouros.

Por fim, o Ministério da Saúde divulgou que para combater os focos do mosquito bastam dez minutos da rotina de acordo com a realidade de moradia de cada um.

"Dez minutos é o tempo necessário para garantir que caixas d´água estejam bem fechadas, para jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos e esvaziar garrafas PET, potes e vasos de maneira correto.".

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Obras entregues

Obras da prefeitura elimina pontos críticos de alagamento em diversos bairros de Campo Grande

Obras como drenagem e construção de bacias de amortecimento foram reforçadas para eliminar pontos de alagamentos

18/04/2024 14h43

Prefeitura de Campo Grande/ Divulgação

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As chuvas de 156 milímetros que caíram no início desta semana causaram pontos de atenção em diversos bairros de Campo Grande. Devido a esses problemas estruturais, a prefeitura tem realizado obras de drenagem em bairros da região sul da capital.

O primeiro bairro a receber obras de drenagem é o Bairro Nova Lima, onde estão sendo construídas bacias de amortecimento de água do córrego Reveilleau, na região próxima. 

Outras regiões que estão passando por intervenções importantes incluem as ruas Catiguá e Rivaldi Albert, além da Rua do Seminário e das áreas próximas à ponte sobre o córrego Imbirussu, que conecta os bairros Jardim Colorado e Jardim Pênfigo.

A prefeitura informou que as obras realizadas nesta região no ano passado tiveram resultados positivos na absorção de água. Desde então, não ocorreu mais o problema de interdição da Avenida Via Park, próxima ao Shopping Campo Grande, causado pelo transbordamento do córrego Prosa.

A prefeitura informou que as obras realizadas nesta região no ano passado tiveram resultados positivos na absorção de água. Desde então, não ocorreu mais o problema de interdição da Avenida Via Park, próxima ao Shopping Campo Grande, causado pelo transbordamento do córrego Prosa.

A prefeitura está monitorando outras regiões, como a Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Zé Pereira. Em fevereiro deste ano, a Sisep realizou a limpeza do canal do córrego Imbirussu, eliminando os alagamentos recorrentes na via, que ocorriam em dias de chuva intensa devido ao assoreamento, deixando o leito praticamente no mesmo nível da avenida e causando transbordamentos. A Avenida José Barbosa Rodrigues conecta a Avenida Euler de Azevedo à Avenida Duque de Caxias, na região da Vila Popular. 

Prefeitura de Campo Grande/ Divulgação 


Funcionários correm contra o tempo 

Nos últimos anos, o inverno em Mato Grosso do Sul tem sido marcado por chuvas intensas e tempo úmido. Conscientes dessas dificuldades que a prefeitura de Campo Grande pode enfrentar, os funcionários da Sisep estão trabalhando contra o tempo para realizar reparos em tubos na rua Seminário, próxima ao bairro Coronel Antonino.

No meio de dezembro, uma forte chuva abriu uma cratera ao lado da ponte sobre o córrego Seminário. Como essa é uma via crucial para o acesso a outros bairros adjacentes, a Sisep agiu rapidamente para concluir as obras. Os trabalhos foram realizados com a equipe e os recursos próprios do departamento.

No Jardim Morenão, na rua Rivaldi Albert, a Sisep também agiu rapidamente para concluir o reparo na ponte, que foi danificada durante uma chuva em julho do ano passado.  

Já na Rua Rivaldi Albert, no Jardim Morenão, a Sisep também atuou para terminar o mais rápido possível o reparo na ponte que foi danificada durante chuva em julho do ano passado.

Neste espaço, foi realizada uma reestruturação e reforço da tubulação. A via é uma importante ligação dos moradores dos bairros Pioneiro e Jardim Morenão à Avenida Guaicurus. 

Para reforçar a tubulação, foram colocados duas manilhas de 1,5 metro, para a passagem da água de um lado para outro da pista. Essas manilhas servem também como “ladrão”, ou seja, quando o volume da chuva excede a capacidade da tubulação Armco, servirão como canal de escoamento da água da chuva.

Outra região que a prefeitura recebeu diversas reclamações foi no Jardim Colorado/Jardim Pênfigo. Por causa das fortes chuvas, as famílias não poderiam enviar seus filhos à escola por causa da insegurança na  ponte sobre o córrego Anhanduí.  

 

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