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Vazão de hidrelétrica era maior quando Montagner se afogou

Vazão de hidrelétrica era maior quando Montagner se afogou

FOLHAPRESS

29/09/2016 - 15h33
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Na hora em que o ator Domingos Montagner morreu, em 15 de setembro, a vazão da hidrelétrica de Xingó (SE), próximo do local do acidente, era cerca de 12% maior do que na hora anterior.

É o que mostra um documento divulgado pelo site "The Intercept Brasil" na última quarta (28).

A primeira informação sobre o afogamento do ator chegou aos bombeiros às 13h56 daquela quinta, o que sugere que o acidente tenha acontecido pouco tempo antes. De acordo com dados da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco, administradora da usina), na faixa entre 13h e 14h, o fluxo de água liberado pela hidrelétrica de Xingó, a 2 quilômetros rio acima da Prainha, subiu de 814 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 913 m3/s. Às 15h, o volume atingiu o ápice do dia, chegando a 970 m3/s. Nas horas seguintes, houve redução gradativamente.

As novas informações contradizem dados oferecidos pela Chesf na época do acidente. A companhia afirmara que a vazão de água era de 600 m3/s devido a uma seca histórica. Alegara, ainda, que as comportas da usina estavam fechadas naquela quinta.

O aumento no fluxo de água é realizado nos horários de pico do uso da rede elétrica para fornecer mais energia. Com isso, a correnteza aumenta rio abaixo.

ALTERAÇÕES

A vazão da hidrelétrica de Xingó tem sofrido alterações durante 2016.

No início do ano, uma liminar estabeleceu vazão mínima liberada pelo reservatório de Xingó, entre Sergipe e Alagoas, em 900 m3/s. Expedida pela 9ª Vara da Justiça Federal em Própria (SE), a decisão fazia parte de uma ação civil pública movida por colônias de pescadores do Estado, que alegavam prejuízos socioeconômicos devido às frequentes reduções no Baixo São Francisco.

O novo limite mínimo de 900 m3/s foi autorizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e, desde o fim de fevereiro, vinha sendo praticado a contragosto pela Chesf -maior vazão significa esvaziamento do reservatório, o que pode comprometer o abastecimento da região durante períodos de estiagem; por outro lado, há aumento do fluxo rio abaixo, favorecendo pescadores locais

A liminar foi cassada em março, e a vazão no reservatório de Xingó voltou ao nível de 800 m3/s no dia 17 daquele mês.

A partir de outubro, a vazão da hidrelétrica de Xingó poderá ser novamente reduzida -agora para 700 m3/s. A determinação segue solicitação do setor elétrico para não reduzir a vazão antes desse período, e foi tomada na segunda-feira (29), na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília, durante reunião para avaliar os efeitos da defluência reduzida.

De acordo com um porta-voz do CBHSP (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco) que preferiu o anonimato, a decisão não tem relação com a morte de Montagner, mas, sim, com estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a previsão hidrológica para a bacia até o final do ano.

A reportagem tentou contato com a assessoria da Chesf, mas não teve retorno até as 15h.

Cidades

Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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