frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca precisam retirar os seus produtos das prateleiras dos supermercados. Quem comprou carne das empresas Peccin, Souza Ramos e Transmeat pode pedir o dinheiro de volta.
As três empresas devem iniciar o recolhimento dos produtos até segunda-feira (27). Para identificar o que é alvo do recall (recolha do produto), o consumidor precisa observar o número do selo de Serviço de Inspeção Federal (SIF) na embalagem.
Em produtos da peccin, o número do selo SIF é o 2155; na, Souza Ramos, o número do selo SIF é o 4040; e na Transmeat, O número do selo SIF é o 4644.
A medida foi tomada pela Secretaria Nacional Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Consumidor (Senacon), depois da auditoria do Ministério da Agricultura, que constatou problemas nas três empresas.
A Senacon, porém, não informou: quais lotes estão no recall, quais estabelecimentos revendem as marcas e nem como será feito o reembolso. A secretaria disse que é reponsabilidade das empresas envolvidas organizar este recall.
Na Peccin de Curitiba, que fabrica a marca Italli, a suspeita é a de risco à saúde pública ou adulteração de produtos.
A Polícia Federal (PF) apura o uso de carne estragada em salsicha e linguiça, a utilização de aditivos acima do limite ou proibidos ou de carne mecanicamente separada acima do permitido.
A fiscalização constatou que a Transmeat, de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, não tem controle dos processos relacionados à restreabilidade dos produtos. A mesma falha foi apontada na Souza Ramos, em Colombo, também no Paraná.
De acordo com a auditoria, além disso não tem controle sobre a qualidade dos produtos. Na operação Carne Fraca, a Souza Ramos é suspeita também de substituir carne de peru por carne de aves em produtos embutidos.
De acordo com a assessoria do grupo que administra as empresas Transmeat e Souza Ramos, elas já recorram da determinação do recall, e devem se reunir hoje à tarde. A RPC não conseguiu contato com a Peccin.
A Associação Paranaense de Supermercados já orientou os comerciantes a retirar das prateleiras os produtos que são alvo do recall. O Procon do Paraná diz que os consumidores não devem comprar os produtos das três empresas.