Como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), do governo federal, esgotou seus recursos para 2015, o estudo de muitos jovens ficou incerto para futuras edições. Isso é consequência da decisão do governo federal em restringir gastos de programas públicos, incluindo projetos educacionais. Mas, existem outras formas para os universitários concluírem seus cursos. A dica principal do educador financeiro Álvaro Modernell, porém, é que as pessoas não entrem em desespero e já aceitem a primeira opção que aparecer.
“É importante que os universitários, inexperientes com questões financeiras, não comecem a vida com dívidas. Então é preciso ter muita cautela antes de fazer um financiamento particular, por exemplo”, explicou.
Para Modernell, não é preciso, necessariamente, largar os estudos, pois existem outras formas para custear uma universidade. Por isso, o educador sugeriu algumas opções para quem não quer interromper os estudos. Confira as dicas exclusivas para o Portal da Band:
OUTRA UNIVERSIDADE
Uma das alternativas é procurar uma universidade que tenha o curso desejado, mas que seja mais em conta, ou fazer um curso à distância, que costuma ser mais barato do que os presenciais.
“As faculdades têm muita diferença de preço, geralmente por causa do nome. Mas os ensinos à distância costumam ser iguais e com qualidade. Com isso, o estudante pode trocar temporariamente a instituição para não interromper os estudos. Depois que passar o ‘sufoco’, ele pode voltar ou continuar e investir futuramente em uma pós-graduação”.
Tentar uma bolsa de estudos também deve ser levado em conta, de acordo com Modernell. Ele explica que estudantes de cursos mais específicos, menos disputados, têm mais chance de conseguir. “É comum o incentivo de faculdades nestes cursos, então vale procurar mais informações”.
FINANCIAMENTOS
Além do Fies, existem financiamentos particulares para estudos, como o programa Pra Valer. Para o especialista, porém, é preciso ter muito cuidado com esse tipo de programa, já que geralmente ele vem acompanhado de um juro muito alto. “Por ter um viés mais comercial, a procura é alta. Uma vez comprometido, fica mais difícil pagar”.
Caso a pessoa não tenha muitas alternativas, Modernell explica que o estudante pode esperar um semestre para juntar dinheiro ou pensar em novas formas de conseguir o dinheiro necessário. “Se não tiver opção, fique um semestre, no máximo, se preparando para os próximos, mas não faça dívidas”.
ANTECIPE
Os estudantes, geralmente, ainda não iniciaram a vida profissional. Neste caso, o dinheiro extra pode vir a ajudar com as despesas da mensalidade.
Algumas empresas, inclusive, costumam custear uma parte dos estudos. “Saia da ‘caixa’ e procure alternativas, principalmente nessas empresas que investem no profissional. É uma outra saída.”
VENDA DE BENS
Se você tiver um carro, tem duas opções: ou vender ou trocar por um mais barato. Para o educador, essa é outra forma de usar criatividade na hora de pensar nas mensalidades.
E isso também vale para qualquer outro bem que o estudante tenha e que possa vender para custear os estudos. “Alternativas sempre vão existir. Para uma pessoa criativa e persistente, será mais fácil de descobrir uma forma”, concluiu.