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VIOLÊNCIA NO DF

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Protesto em Brasília termina com
49 feridos, 7 detidos e Exército nas ruas

Protesto em Brasília termina com
49 feridos, 7 detidos e Exército nas ruas

FOLHAPRESS

24/05/2017 - 20h38
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 O protesto organizado por centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas previdenciária e trabalhista, pela saída do presidente Michel Temer e por eleições diretas transformou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em um palco de batalha com a Polícia Militar e a Força Nacional nesta quarta (24).

Seis ministérios depredados, um incendiado, 49 atendimentos de urgência -entre eles o de um homem baleado e de um estudante de Santa Catarina que teve a mão decepada por um rojão- são alguns dos números do ato, que reuniu 35 mil pessoas, segundo a PM, e 150 mil, de acordo com organizadores.

Por decreto, válido até o próximo dia 31, Temer convocou as Forças Armadas para conter manifestações de rua. À noite, os prédios dos ministérios já passaram a ter proteção de homens do Exército.

Com o prédio do Ministério da Agricultura em chamas, devido a um incêndio causado por manifestantes, PMs que não dispunham de armamento não letal sacaram suas armas e dispararam, para o alto e em direção à multidão, que avançava sobre a polícia.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), sete pessoas foram detidas sob suspeita de crimes como lesão corporal, dano ao patrimônio público e porte de arma branca.

Até as 20h (de Brasília), a secretaria não havia informado a identidade do homem baleado nem quem disparou o tiro que o acertou.

A manifestação dos sindicalistas e grupos de esquerda contra a agenda reformista estava marcada desde antes de vir a público a investigação contra Temer, resultante da delação da JBS. As suspeitas de corrupção e de obstrução da Lava Jato, divulgadas na semana passada, engrossaram o protesto.

"O ato foi maior do que o esperado, e 150 mil em Brasília são milhões representados pelo Brasil", disse Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Membros do governo também avaliaram que o volume de pessoas foi significativo. Autoridades calcularam que entre 500 e 600 ônibus de outras cidades chegaram a Brasília. A reportagem encontrou manifestantes de São Paulo, Rio, Espírito Santo, Minas, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio Grande do Sul.

"É importante lutar por diretas, principalmente porque esse governo quer impor reformas sem consultar o povo e sem ter uma base de votos", disse o agente comunitário de saúde Luciclaudio Bezerra, 39. Ele enfrentou viagem de cerca de 39 horas de ônibus de Santa Cruz (RN) a Brasília para participar do ato.

Foram mais de quatro horas seguidas de confronto ao longo do Eixo Monumental, onde ficam os ministérios. O ponto mais crítico foi o gramado próximo ao Congresso.

Manifestantes armaram barricadas com banheiros químicos e atiraram paus, pedras e fogos de artifício, enquanto a polícia lançava bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Havia sindicalistas, professores, estudantes e também pessoas mascaradas.

CONFRONTO

O conflito começou por volta das 13h30 (de Brasília), quando a manifestação se aproximava de um bloqueio policial a 500 metros do Congresso. Primeiro, chegaram sindicalistas de roupa laranja da Força Sindical, que forçavam as grades e eram repelidos com spray.

Depois, uma multidão se engajou na tentativa de invadir o Congresso. Dos carros de som, líderes pediam calma, mas não eram ouvidos. "Companheiros mascarados, por favor, temos mães aqui, vamos manter a calma", pediu a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM).

Quando ficou claro que as bombas não cessariam, líderes como Zé Maria (PSTU) disseram para os manifestantes resistirem à ação da polícia.

Um técnico de som da equipe da documentarista Petra Costa, que filmou os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff, foi ferido na perna esquerda por uma bala de borracha da PM.

Em meio à confusão, participantes do ato começaram a recuar para o estádio Mané Garrincha, um pontos iniciais da marcha. Quem passava pela rua era atingido por bombas e disparos -um homem ficou com uma bala de borracha alojada no pescoço.

Usuários de ônibus no terminal rodoviário, a dois quilômetros do Congresso, sofreram com spray de pimenta. Jornalistas de vários veículos ficaram no fogo cruzado.

Dois homens, de 18 e 35 anos, foram feridos no olho por tiros de bala de borracha e levados ao Hospital de Base. Até a noite, não havia saído um balanço dos feridos.

Por volta das 18h, a Esplanada dos Ministérios estava praticamente esvaziada pela polícia. Mais cedo, o governo liberou os servidores para que abandonassem rapidamente os prédios.

VACINA

Estado corre contra o tempo para aplicar mais de 130 mil doses da vacina da dengue

Em 78 municípios são aproximadamente 36 mil doses disponíveis, já em Dourados são cerca de 93 mil imunizantes ofertados

19/04/2024 09h00

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Mato Grosso do Sul ainda tem mais de 130 mil doses da vacina contra a dengue para serem aplicadas e o Estado tenta acelerar a vacinação porque, boa parte delas, só pode ser aplicada até o final deste mês, quando vence o prazo de validade.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o dia 10 deste mês haviam sido aplicadas 36.408 doses, das 73.344 recebidas, o que significa que ainda havia em estoque, na semana passada, 36.936 aplicações.

Os dados, porém, são referentes a 78 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, já que Dourados não recebeu doses do Ministério da Saúde, e sim de uma parceria com a farmacêutica Takeda, que produz a vacina.

No caso dos imunizantes ofertados pelo Ministério da Saúde, parte deles tem prazo de validade até o dia 30 deste mês, por este motivo o governo federal orientou as municipalidades a ampliar a faixa etária indicada para a vacina.

Em Campo Grande, são 1.346 doses com este prazo de validade, por este motivo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) decidiu ampliar a faixa etária permitida de 10 a 14 anos para de 6 a 16 anos.

No restante do Estado, a SES não soube informar a quantidade exata de vacinas por vencer nos próximos dias, porém, orientou que caso os municípios que tenham imunizantes com esse prazo pode haver aumento da faixa etária. 

“Mantém-se a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos. No entanto, se houver doses com vencimento em 30 de abril de 2024, em quantidade que represente risco de perda física, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos de idade”, disse a SES.

Larissa Castilho, Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS, explica que essa é uma medida temporária, conforme a nota técnica 65 de 2024 do Ministério da Saúde, que trata da estratégia temporária de vacinação da dengue para as doses com validade para 30 de abril de 2024.

“Essa estratégia, ela vale para os municípios que contém essas doses com validade próxima e mantém a recomendação para a faixa etária de 10 a 14 anos com vencimento e se tiver um quantitativo representativo pode ampliar essa faixa etária para 6 a 16 anos. Não tendo adesão desse público, a gente pode ampliar a faixa etária temporariamente de 4 a 59 anos”, esclarece.

DOURADOS

O caso de Dourados é diferente do que acontece no restante dos municípios. Lá, a saúde local tenta aplicar cerca de 93 mil imunizantes até o fim do mês por conta da janela de aplicação entre a primeira e a segunda dose.

De acordo com o gerente do Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Sems) de Dourados, Edvan Marcelo Marques, o vencimento das doses disponíveis na cidade acontece apenas em agosto, entretanto, essas vacinas disponibilizadas pelo laboratório são para primeira e segunda dose, portanto, como há  necessidade de internavalo de três meses entre a primeira e segunda aplicação, a primeira dose será feita apenas até o dia 30 de abril.

“Nós recebemos 150 mil doses para serem aplicadas em primeira dose, estamos com cerca de 57 mil aplicadas e sabemos que nossa meta primária não vai ser alcançada,  por causa do prazo que temos de janela, apenas se houve novos lotes. Por isso estamos fazendo uma força-tarefa desde o dia 8 de abril para conseguir aplicar o máximo de doses. Só com essas ações temos conseguido aplicar 1,2 mil doses por dia”, explicou Marques.

Segundo o gerente da secretaria de Dourados, um dos problemas enfrentados pela baixa vacinação é a falta de interesse de parte da população.

“A discussão de baixa cobertura vacinal é como um todo, o perfil da sociedade é de uma população que desconhece algumas doenças, então não percebe que é um problema grave, então existe uma falsa sensação de segurança. É uma questão cultural do brasileiro, que só procura ajuda quando está doente e não tenta previnir”, afirmou.

No município, além dos postos de saúde, a vacina está sendo ofertada em posto fixo em praças, shopping e supermercados.

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Segurança

Agendamento online para passaportes está indisponível temporariamente

Polícia Federal detecta tentativa de invasão do ambiente de rede

18/04/2024 20h00

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, que está temporariamente indisponível o serviço de agendamento de emissão de passaportes pela internet. A decisão foi tomada após a instituição detectar, no início desta semana, tentativa de invasão ao ambiente de rede da PF.

O serviço de agendamento será retomado após a verificação de integridade dos sistemas, porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. A nota da PF diz que o governo trabalha para restabelecer o serviço online.

Para os atendimentos marcados previamente em uma unidade emissora do documento de viagem, a instituição garante que serão realizados normalmente na data e horário marcados, quando o solicitante deverá apresentar a documentação original necessária e o atendente público fará a conferência das informações cadastradas, além de coletar dados biométricos (impressões digitais e fotografia facial).

A Polícia Federal recomenda aos cidadãos que não tiverem viagem ao exterior programada para os próximos 30 dias que aguardem a normalização do serviço.

Os brasileiros que irão para o exterior nos próximos dias e, comprovadamente, necessitarem da emissão de passaporte comum podem enviar a documentação que prove a urgência para o e-mail da unidade da Polícia Federal mais próxima. Os contatos das superintendências estaduais da PF e das delegacias onde são emitidos passaportes estão disponíveis no link.

Agendamento regular
Habitualmente, quando o serviço virtual de agendamento para emissão de passaportes está operando, o cidadão interessado preenche o formulário eletrônico na internet, escolhe uma das datas e horários disponíveis e, por fim, marca o posto de atendimento da PF onde deseja ser atendido.

O cidadão não deve ir diretamente a uma delegacia da Polícia Federal sem fazer o agendamento prévio para passar pelos procedimentos de emissão do documento.

A entrega do passaporte ocorrerá na mesma unidade apontada no primeiro agendamento online do serviço e não poderá ser modificada.

Após o atendimento presencial, a retirada do documento poderá ser feita entre seis e dez dias úteis até 90 dias corridos. Depois desse prazo máximo, o documento será cancelado, com total prejuízo da taxa paga.

O custo comum para emissão de um passaporte é R$ 257,25. Se houver urgência, serão somados R$ 77,17, como taxa adicional de emergência, gerada durante o atendimento. Total: R$ 334,42

Contudo, se a remissão for de um passaporte ainda válido que tenha sido extraviado ou perdido, o valor cobrado na taxa comum dobra: R$ 514,50 ao todo para desembolso.

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