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Prostituição de venezuelanas avança
com imigração em massa no Norte

Prostituição de venezuelanas avança
com imigração em massa no Norte

Agência Brasil

29/04/2017 - 13h12
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Próximas a barracas que durante o dia comercializam variados tipos de farinha e goma de tapioca, dezenas de venezuelanas buscam seu sustento e o de suas famílias com a prostituição diária num bairro de Boa Vista.

A imigração em massa de venezuelanos ao Brasil desde 2016 levou dezenas delas à prostituição no entorno da chamada Feira do Passarão, no bairro Caimbé, principal ponto da atividade na capital de Roraima, e acendeu a luz amarela na Polícia Federal, que apura a exploração da prática no Estado.

Neste ano, duas pessoas já foram presas numa operação policial por exploração de uma venezuelana para fins sexuais, em Pacaraima, cidade fronteiriça com o país vizinho.

"A prostituição em si não é crime, estão procurando ganhar a vida. O que queremos saber é se há financiadores, aliciadores, por trás desse fenômeno. Está clara a situação [prostituição], mas temos de ver o que pode haver por trás", disse o delegado da PF Alan Robson Alexandrino Ramos.

A reportagem encontrou cerca de 150 prostitutas em bares e ruas próximas à feira que, com gestos com as mãos, tentam "garimpar" clientes a cada veículo que passa. O idioma predominante é o espanhol.

Duas garotas de programa disseram cobrar R$ 80 por programa - quase o salário médio mensal recebido no país vizinho, conforme relatos de estrangeiros que buscam refúgio no Brasil.

Em geral, afirmam ter como meta guardar dinheiro para buscar a família na Venezuela ou mandar recursos para que possam se manter.

O valor, no entanto, é negociável, dependendo da concorrência, do dia da semana e do horário. Há casos em que o preço chega a R$ 120. A qualquer hora elas estarão lá. Numa quarta, a reportagem contou 40 mulheres fazendo ponto às 11h.

O aumento da atividade no bairro desagradou moradores, que pedem providências, mas dizem saber ser difícil resolver a questão enquanto houver crise no país vizinho.

"Desvalorizou demais o bairro. Quando se fala em Caimbé, só se lembra agora das jovens que vêm aqui para se prostituir. Mas temos dó da situação", afirma o aposentado Joelmir Valença.

A preocupação da PF existe pelo fato de brasileiras já terem sido encontradas em situação de cárcere na Guiana, cuja fronteira fica a 125 km de Boa Vista, e pela operação que flagrou um caso de exploração em Pacaraima.

"Duas pessoas foram presas por explorarem uma venezuelana para fins sexuais. Ela trabalhava na prostituição, usava um quarto e pagava comissão ao dono do local. Além disso, trabalhava para pagar o chamado cozidão, a alimentação", disse o delegado. Os detidos, se condenados, podem ser punidos com até oito anos de prisão.

VIOLÊNCIA
Com o avanço da crise na Venezuela, os pedidos de refúgio protocolados em Roraima passaram de 9 em 2014 para 234 em 2015, 2.230 em 2016 e 3.000 apenas nos primeiros três meses deste ano.

Segundo o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PRB), o aumento da prostituição na cidade de 12 mil habitantes é uma das marcas da chegada em massa dos venezuelanos. Outra é a violência.

"A população cresceu muito e de uma forma muito rápida, o que gerou mais furtos e roubos, fora a prostituição e esse caso de tráfico de mulheres. Duas casas usadas para isso foram fechadas", disse.
A apuração da PF até aqui não encontrou casos de cárcere privado em Boa Vista.

"Há manutenção de casas de prostituição, com brasileiras e venezuelanas, e estamos investigando. Não foi encontrada situação de cárcere privado, com a pessoa sendo obrigada a se prostituir, mas, como elas estão muito vulneráveis, não se pode descartar isso. O que temos visto são pessoas com vulnerabilidade econômica que chegam e encontram na atividade uma forma de vida", disse Ramos.

Já uma operação feita pela Justiça em 2016 encontrou suspeita de cárcere privado de nove venezuelanas. Prostitutas, elas estavam numa casa trancada e a porta precisou ser arrombada. Todas estavam de forma legal no país.

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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