O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), afirmou na tarde desta segunda-feira (20) que apenas uma das oito vítimas da chacina na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão Nove, na zona oeste de São Paulo, era alvo dos atiradores.
Segundo Teixeira, um das vítimas da torcida corintiana estaria envolvida com tráfico de drogas -ao menos duas já tinham passagem por tráfico. "Por enquanto, a linha mais forte é o envolvimento de uma das vítimas com o tráfico de drogas."
Por enquanto, a polícia não confirma que a ordem de execução tenha partido de alguma facção criminosa. A principal suspeita da polícia é que o crime tenha sido motivado por uma disputa por pontos de venda de entorpecentes na região, como na Ceagesp e sob a ponte dos Remédios, onde fica a sede da Pavilhão Nove.
De acordo com o delegado, a polícia faz diligências para confirmar as informações levantadas até agora pelas investigações. "Estamos checando a informação se [os crimes] têm envolvimento com uma disputa por ponto de drogas na região da Ceagesp."
O delegado disse ainda que a polícia conseguiu informações de dois suspeitos por meio de interceptações telefônicas do Denarc, que monitoraram conversas entre os traficantes e algumas das vítimas. "Nos temos agora a suspeita de dois nomes, dois apelidos que poderiam estar envolvidos e estamos checando. Inicialmente, falaram em dois ou três autores, mas podem ser mais", disse Teixeira.
A polícia também investiga a hipótese de a chacina ser uma vingança a um duplo homicídio que ocorreu em Osasco, na Grande SP, em que uma das vítimas teria participado.