Cidades

FESTA EM BARRETOS

A+ A-

ONGs interferem pouco em rodeios no exterior, diz presidente de circuito

ONGs interferem pouco em rodeios no exterior, diz presidente de circuito

FOLHAPRESS

26/08/2016 - 19h00
Continue lendo...

Em países desenvolvidos, entidades de proteção animal pouco interferem em rodeios.

A afirmação sobre o maior imbróglio existente nas arenas é de Martha Cajado, diretora-presidente da PBR (Professional Bull Riders) Brasil, que faz atualmente a principal competição de montarias em touros no país. No último fim de semana, a PBR realizou a final de seu circuito na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (a 423 km de São Paulo).

Além de peões brasileiros, a PBR abriga competidores de EUA, Canadá, México e Austrália e projeta um mercado global no futuro para a modalidade.

"Em países como EUA, Austrália e Canadá, que são mais desenvolvidos, existe pouca interferência dos movimentos de proteção animal, o que demonstra mais confiança da população na seriedade e profissionalização do esporte nesses locais", disse.

A discussão sobre a existência ou não de maus tratos é o principal conflito envolvendo os organizadores de festas de peão e entidades de proteção animal no país. As ONGs afirmam que os touros só pulam por serem torturados com uma corda de lã (sedém) presa aos testículos, sofrem choques elétricos antes das montarias e são submetidos a forte estresse por ficarem numa arena com muito barulho e luminosidade.

Enquanto isso, os rodeios alegam que o sedém não é preso nos testículos e só gera desconforto (não dor), que não há choques elétricos -que relaxariam a musculatura animal e inviabilizariam o pulo- e que os animais pulam por índole.

Os rodeios no país estão sendo fortemente questionados nos últimos anos, assim como a vaquejada, tradição cultural especialmente no Nordeste que envolve disputa entre animais e competidores.

Segundo a dirigente, a PBR faz um trabalho junto às ONGs e promotores de eventos para mostrar que os animais são bem tratados. "Mostramos que estes touros vivem até os 12 anos para o esporte e depois recebem a merecida aposentadoria, sendo utilizados apenas para cruzamento, vivendo por mais de 16 anos."

Para Claudia de Carli, presidente da ONG Amor de Bicho Não Tem Preço, que foi à Justiça contra rodeios na região de Campinas, o Brasil está atrasado por avaliar que o rodeio é uma expressão cultural e os eventos usam argumentos como esse para tentar frear a queda de público nos últimos anos.

"Em outros países há questionamentos sobre o uso de animais nessas provas, inclusive nos ricos e desenvolvidos. Basta ver as touradas e as críticas que elas recebem por maltratar animais. Há ativistas em todo lugar, como os que atuam na defesa das baleias mundo afora", disse.

De acordo com ela, a maioria das pessoas vão aos rodeios por causa da grade de shows. "Mas nem deveriam ir, pois indiretamente financiam as provas e, consequentemente, os maus tratos."

Ainda conforme a dirigente da PBR, a profissionalização do segmento inclui política de manejo dos animais, "cada vez mais rígida, transparente e organizada".

"Nós também contamos sempre com o apoio dos donos das boiadas para a realização deste trabalho, já que eles investem muito nos cuidados para com esses animais como um verdadeiro patrimônio. Esses cuidados mostram a relação e paixão que estes homens, em sua grande maioria do campo, têm por esses animais", disse.

Um bom touro de rodeio chega a valer mais de R$ 100 mil. O valor é variável, conforme a importância do animal para os rodeios.

ENTENDA A NOTA

Numa montaria, o desempenho do touro é essencial para o peão conseguir notas mais altas, situação que potencializa o estresse a que o animal é submetido, na avaliação das ONGs.

Dos 100 pontos possíveis em uma montaria, até 50 são atribuídos ao touro e, o restante, ao peão. Há um tempo mínimo de oito segundos em que o competidor precisa ficar montado, caso contrário ele não pontua.

Os juízes avaliam pulo, coice, giros e intensidade do animal na montaria, enquanto o peão tem sua nota atribuída devido à sua reação ao comportamento do touro e o estilo de montar.

Isso significa que, se um peão for sorteado para um touro que pule pouco, verá cair sua chance de obter uma boa nota. Se o touro não pular nada, ele pode tentar novamente, com outro animal.

Para Cajado, os questionamentos sobre os rodeios irão continuar enquanto "quem critica não entender e conhecer realmente como é o esporte". "Temos uma política muito transparente de manejo animal e jamais negamos a vinda de ONGs e entidades protetoras para acompanhar de perto todos os detalhes."

NA ARENA

A Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos abre nesta quinta-feira (25) a 24ª edição do Barretos International Rodeo, principal competição de montarias em touros realizada no Parque do Peão.

Além do circuito da PBR, disputado entre os dias 18 e 21, o mais tradicional evento sertanejo do país abrigou de segunda (22) até esta quarta-feira (24) as eliminatórias da LNR (Liga Nacional de Rodeio). A final está marcada para o próximo sábado (27).

O campeão do rodeio internacional será conhecido no domingo (28). A festa prevê receber 900 mil pessoas nos seus 11 dias de atrações -são mais de 120 shows distribuídos em sete palcos no Parque do Peão, recinto projetado na década de 80 por Oscar Niemeyer (1907-2012).

"08 de janeiro"

Operação Lesa Pátria chega na 26ª fase, com mais 3 alvos em MS

Em Mato Grosso do Sul a Polícia Federal cumpre três dos 18 mandados totais de busca e apreensão, mirando tanto financiadores quanto os próprios vândalos

16/04/2024 09h09

Prédios públicos foram vandalizados no dia 8 de janeiro Arquivo

Continue Lendo...

Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal cumpre mais três mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, dos 18 totais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em mais uma fase da Operação Lesa Pátria. 

Além dos três mandados em Mato Grosso do Sul, os demais são para os seguintes Estados: 

  • Rio Grande do Norte (1);
  • Santa Catarina (1);
  • Pará (4);
  • São Paulo (1);
  • Minas Gerais (3);
  • Espirito Santo (4);
  • Tocantins (1) 

Nessa 26ª fase estão sendo mirados alvos suspeitos de financiarem a violência e dano generalizado que aconteceram em 08 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), mas também os investigados pelos atos de vandalismo aos imóveis, móveis e objetos do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional. 

Ainda conforme a Polícia Federal, nos mandados constam a determinação pela "indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados". 

As investigações - que seguem em curso nessa operação permanente - estimam que os danos causados ao patrimônio público somem valores que chegam a R$ 40 milhões. 

Mais de 1.400 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público após os atos de oito de janeiro, com mais de 130 já condenadas em fatos investigados que configuram os seguintes crimes: 

  1. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  2. Golpe de Estado,
  3. Dano qualificado,
  4. Associação criminosa,
  5. Incitação ao crime,
  6. Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Alvos locais

Como já abordado pelo Correio do Estado, em busca dos incentivadores, executores e financiadores dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, a Operação Lesa Pátria lista dois nomes de destaque do Mato Grosso do Sul entre as 25 fases anteriores. 

Em 11 de maio de 2023 a 11ª fase da operação cumpriu 22 buscas e apreensões nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Os alvos foram empresários, fazendeiros e pessoas com registro de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).

Nessa décima primeira fase, além do produtor rural Geraldo César Killer, de Bauru (SP), apareceu o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS), que já havia sido apontado como financiador dos protestos golpistas pela Advocacia-Geral da União (AGU). 

Depois, no dia 5 de setembro, mais suspeitos de financiarem os atos golpistas de 8 de janeiro foram alvos da PF na 16ª fase da Lesa Pátria. 

Entre os alvos de destaque estavam o filho do ex-prefeito de Birigui (SP) Wilson Borini, Rodrigo Borini; uma socialite de São Paulo chamada Marici Bernardes e Rodrigo de Souza Lins, deputado estadual suplente em Mato Grosso do Sul pelo PRTB.
**(Com informações Estadão Conteúdo)

 

Assine o Correio do Estado

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

Continue Lendo...

A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).