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Óbvio que me decepcionei
com Aécio, diz Luciano Huck

Óbvio que me decepcionei
com Aécio, diz Luciano Huck

FOLHAPRESS

27/11/2017 - 21h00
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No mesmo dia em que tornou pública, via artigo na Folha de S.Paulo, a decisão de não ser candidato a presidente em 2018, o apresentador Luciano Huck disse que ficou desapontado com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), de quem era amigo.

"Levante a mão aqui quem na vida nunca se decepcionou com um amigo. Óbvio que eu me decepcionei", comentou nesta segunda-feira (27), ao participar de seminário da revista "Veja".

Huck, que reiterou a informação de que vai se envolver na campanha do próximo ano apenas como cidadão, foi questionado no local sobre a relação com o mineiro, apoiado por ele na eleição presidencial de 2014.

No dia 11 deste mês, Aécio comentou que uma eventual candidatura do comunicador à República representaria a "falência da política".

Huck afirmou que não fala mais com o senador, mas que a amizade dos dois "sempre foi pública". "Eu apanhei por causa de um erro que não cometi. Fiquei chateado."

Aécio foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva e obstrução à Justiça por fatos narrados na delação da JBS.

"Eu tomei muita porrada por causa dele também. Acho triste por ele, pelo sistema, pela situação como um todo", disse o apresentador.

Ao ex-presidente Lula (PT), que declarou na semana passada querer "disputar com alguém com o logotipo da Globo na testa", Huck preferiu não responder diretamente.

"Se eu tivesse optado por ser candidato, a Globo seria muito mais rigorosa comigo do que com os outros. Esse assunto foi discutido [com a emissora] do jeito mais maduro, aberto e democrático."

INSANIDADE

Quando o apresentador declarou, no início de sua participação, que não é candidato a presidente, parte da plateia soltou um "aaah" em coro, indicando contrariedade.

Na saída, diante dos jornalistas, Huck repetiu: "Não quero ser político, eu não vou ser político nunca".

"Eu quero de verdade usar a voz que tenho de um jeito bacana para todo mundo, contribuir de fato para que a gente tenha um país mais legal."

O comunicador disse que segue no lugar onde está, a TV, e que acredita ter um papel importante no meio, tentando valorizar exemplos de boas práticas, livre iniciativa e ética.

"E, mais do que isso, eu tenho filhos muito pequenos. Seria uma insanidade neste momento fazer uma ruptura tão grande", afirmou, ao mencionar que os pedidos da família para que não entrasse na política pesaram em sua escolha.

PRESIDENCIÁVEIS

A decisão de Huck de não participar da disputa de 2018 foi comentada por presidenciáveis que participaram do seminário promovido pela revista "Veja" nesta segunda.

Para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o apresentador "é jovem e tem muita estrada pela frente ainda".

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que parece ter recuado da ideia de tentar a Presidência, mas ainda é apontado como provável candidato, disse "respeitar" a decisão de Huck. A um repórter que perguntou a Doria se ele não irá se candidatar, o prefeito de São Paulo respondeu: "Quem falou?".

Geraldo Alckmin, hoje apontado como pré-candidato do PSDB ao Planalto, avaliou que o fato de Huck não se candidatar "não quer dizer que ele não irá participar".

"Sempre estimulo novas candidaturas, e estimulo novas pessoas a participar da vida pública. A pior política é a da omissão", argumentou.

Na saída de sua palestra, Marina Silva (Rede) disse que faz parte da democracia haver os palpites sobre possíveis nomes. "As pessoas farão suas escolhas na forma como acham que podem ajudar a melhorar o Brasil e a sair dessa crise e da velha polarização. Irão participar da maneira que acharem melhor."

Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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Cidades

Prefeitura autoriza início da instalação de padrões de energia elétrica para comunidade Mandela

Moradoras do Mandela relembram transtornos causados pela falta de energia no local

22/04/2024 16h24

Divulgação: Prefeitura de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande autorizou o início da instalação dos primeiros padrões de energia elétrica para os moradores da comunidade Mandela, na área situada no Jardim Talismã. A ação, concretizada com o apoio da concessionária Energisa, proporciona acesso à eletricidade regular para os moradores e também os insere na Tarifa Social, medida que visa aliviar o ônus financeiro das famílias de baixa renda.

“Agora vou ter energia sem medo de queimar minhas coisas. Lá na comunidade os aparelhos queimavam direto devido à instabilidade. Já perdi a conta de quantas TVs dessas de tubo tive que jogar fora, e nem me animava de comprar uma nova com medo de perder também. Chuveiro quente e secador a gente não podia nem pensar em ter porque podia pegar fogo”, disse a auxiliar de serviços gerais, Marlene Salazar de Lima, de 50 anos, que não vê a hora de se mudar para o local.

“Moro sozinha, tenho problemas de saúde e quando preciso meu filho fica comigo. Ter essa casa vai me dar segurança de ter um lar para descansar, é a minha garantia. Antes daqui eu sempre morei de aluguel, sempre tentei conseguir uma casinha. Agora quero reconstruir tudo o que perdi no incêndio”, contou emocionada.

A camareira, Andréia Rolon Argilar, de 46 anos, compartilha uma experiência semelhante. Ela relatou os desafios enfrentados devido à falta de energia, uma ocorrência frequente na comunidade por conta do grande número de pessoas compartilhando da mesma conexão elétrica, o que diariamente resultava na queda de energia.

“Quando começou a me dar muito problema, eu me endividei para comprar fio e fiz uma ligação sozinha para o meu barraco. Às vezes a gente dormia sem luz e era bem ruim sem ventilador por conta dos pernilongos, mas agora com a luz regular em casa será ótimo. Prefiro pagar e ter meus direitos, quando faltar, ter para quem ligar e reclamar, é uma garantia, uma vitória para todo mundo”, disse Andréia.

Andamento das obras

Na área do Jardim Talismã, o processo de fundação já foi concluído, abrangendo escavações, posicionamento de armações de aço e nivelamento das estruturas residenciais.

Até o momento, dez unidades foram totalmente cobertas, enquanto outras 20 encontram-se em estágio avançado de alvenaria, com esquadrias e rebocos já finalizados; as restantes estão em fase de construção do baldrame e contrapiso. Além disso, as portas e janelas já instaladas estão sendo pintadas.

“Estamos muito satisfeitos em ver que as obras seguem a todo vapor, dentro do cronograma estabelecido. Nosso compromisso é garantir que as famílias sejam atendidas dignamente e que tenham a oportunidade de realizar o sonho de todo brasileiro: ter um CEP, uma casa para chamar de sua. Estamos trabalhando incansavelmente para que isso se torne realidade, assegurando que cada família tenha seus direitos reservados e desfrute de um lar seguro e confortável”, afirmou o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Claudio Marques.

Relembre

No dia 16 de novembro, um incêndio de grandes proporções destruiu cerca de 80 barracos na Favela do Mandela, fazendo com que 187 famílias perdessem seus lares e itens básicos nas chamas.

Poucos dias após o ocorrido, a Prefeitura garantiu que as famílias seriam realocadas para outras áreas da Capital, são elas:

  • José Tavares - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi I - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi II - 30 lotes
  • Talismã - 32 lotes

Os moradores não poderiam reconstruir as moradias no mesmo local onde é a Comunidade do Mandela por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APP).

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