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DECLARAÇÃO

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Mãe de fã que atacou Ana Hickmann
diz que filho não ia fazer mal a ela

Mãe de fã que atacou Ana Hickmann
diz que filho não ia fazer mal a ela

FOLHAPRESS

23/05/2016 - 18h05
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A mãe de Rodrigo Augusto de Pádua, 30, Wanda Simões de Pádua, afirmou nesta segunda-feira (23) que seu filho não tinha intenção de atacar a apresentadora Ana Hickmann.

Segundo ela, Pádua lutava contra um "inimigo terrível", que ataca a pessoa "24 horas" por dia -ela não especificou se o jovem sofria algum transtorno psicológico. Disse apenas que "não era ele quem fez aquilo", e classificou o episódio como uma fatalidade.

Wanda esteve na manhã desta segunda no cemitério municipal Nossa Senhora Aparecida, centro de Juiz de Fora (MG), para o sepultamento do rapaz, que foi acompanhado por poucos parentes. Abalada, deu um depoimento à imprensa ao final da cerimônia. Nenhum outro parente quis falar com os jornalistas.

Segundo a mãe, Pádua não tinha intenção de machucar a apresentadora. "O meu filho era o melhor filho do mundo. Só eu o conhecia. Não foi ele que fez aquilo. Era outra pessoa. O inimigo é terrível. Ele ataca mesmo a pessoa 24 horas. Ele não fez nada com intenção", disse.

Wanda afirmou que Pádua "nunca mexeu com drogas, não fumava, ficava mais em casa, era sereno". A mãe confirmou que o rapaz era recluso e que não tinha amigos ou inimigos. Costumava sair de casa só para ir à academia ou levar a mãe ao cinema.

Ela o descreveu como amoroso, educado e querido por todos. "Ele costumava dizer 'mãe, a senhora é a coisa mais importante desse mundo para mim. Se a senhora morrer eu vou junto'". Segundo Wanda, o rapaz foi a Belo Horizonte para conhecer a cidade e encontrar um irmão que estaria na capital mineira.

A mãe disse acreditar que ele não teria ido ao hotel com a intenção de atacar a apresentadora. "É uma fatalidade o que aconteceu. Eu tenho certeza de que ele não foi lá para fazer mal para ninguém. Só queria conversar. Mas como o destino foi cruel, tirou o meu filho, o meu caçula que eu amava tanto. Agora, as lembranças dele vão ficar no meu coração", disse.

PENSEI QUE FOSSE MORRER

Abalada, a modelo e apresentadora Ana Hickmann, 35, disse que tinha certeza que o fã Rodrigo Augusto de Pádua iria matá-la no sábado (21), quando entrou armado no quarto de hotel em Belo Horizonte (MG) em que ela estava hospedada.

"Ele dizia coisas pornográficas para me humilhar. Dizia que eu tinha acabado com a vida dele. Ele veio determinado a me matar naquela hora", afirmou a gaúcha nascida em Santa Cruz do Sul em entrevista ao programa "Domingo Espetacular", da Record, na noite deste domingo (22).

"A primeira coisa que passou na minha cabeça era a de assalto, arrastão. Ele dizia: 'Eu vim acertar com você, vagabunda'. O tempo todo falando que eu não prestava, que era mentirosa, que não correspondia ao amor dele. Muito distorcido. Foi a primeira vez na vida que senti medo e que iria morrer. Ele não piscava. Ele falava com muito ódio", disse.

Ana Hickmann também lembrou das ofensas de Rodrigo: "Você é uma mentira. Duvidou do amor que eu tinha". A fala foi registrada em uma gravação feita com o celular pelo cabeleireiro Júlio Figueiredo. O profissional, contratado pela modelo gaúcha, encontrava-se do lado de fora do recinto e começou a fazer a gravação antes de chamar a segurança.

No áudio também é possível ouvir Pádua ordenando que ela e os outros dois presentes no momento -Giovana Alves (assessora e concunhada de Hickmann) e Gustavo Belo (marido de Giovana)- se sentassem de costas para ele, ao que dizia: "Eu não vou matar ninguém. Não sou assassino".

"Nunca pensei que isso poderia acontecer! Nunca pensei que o ser humano fosse capaz disso! Foi terrível! Estou profundamente abalada e triste! Só peço que todos rezem por minha cunhada para que ela se recupere logo", disse Ana Hickmann.

VIZINHANÇA

Pouca coisa se sabe sobre Pádua no bairro Manoel Honório, região central de Juiz de Fora, onde morava com os pais.

Na academia que frequentava, Fox Fitness, não fez amigos. Segundo uma funcionária, Pádua costumava malhar no início da tarde, mas entrava e saia sem conversar com ninguém.

A academia fica a poucos metros de distância e na mesma calçada do prédio onde morava a família, na avenida Governador Valadares.

Na lanchonete Estação Bambu, costumava comprar sanduíche natural e açaí de tarde ou à noite. As atividades ligadas à rotina de exercícios eram as únicas em que se via Pádua caminhando sozinho no bairro. Na maior parte das vezes estava com a mãe, que vende doces na região e é querida pelos comerciantes.

Há pouco mais de um mês, Pádua comprou um suplemento de proteína, próprio para quem quer ganhar músculos, na loja Body Nutri, cujo vendedor, Bruno Duarte, 35, mora no mesmo prédio da família. O comerciário se disse surpreso com o episódio, já que considerava Pádua um rapaz, embora recluso, educado.

"Eu não diria que ele tinha problemas. Sempre muito educado, dava bom dia, boa tarde, mas não era dado a conversas. Para mim, era um cara normal. Quando comprou o whey protein [suplemento de proteína] trouxe o nome, pagou e foi embora sem falar muito. Tá todo mundo surpreso por aqui", disse Duarte.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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