Cidades

Brasil/Mundo

A+ A-

Mãe acusa professora de chamar a filha de macaca

Mãe acusa professora de chamar a filha de macaca

extra-globo

02/10/2014 - 02h00
Continue lendo...

“As crianças estavam desenhando assim e depois a tia (me chamou de) ‘macaca’, depois todo mundo ria de mim. Não gosto que ria de mim, porque eu fico chorando. Isso não é coisa de Deus. Os amiguinhos brincam comigo e a tia chama de macaca”. O desabafo foi feito por uma menina de cinco anos à mãe, após um dia de aula na Escola Municipal de Educação Infantil Marechal Osvaldo Cordeiro Faria, no Jardim Eliana, Zona Sul de São Paulo, na quarta-feira da semana passada.

Preocupada com um possível caso de racismo contra a filha, a vendedora Raylaine Martins de Oliveira, de 30 anos, procurou a institução na última segunda-feira. Ela conta que sempre conversa com a menina na volta para casa e, neste dia, a criança apresentou um comportamento estranho.

— Nesse dia, ela teve uma atividade coletiva na escola, foi toda alegre e contente. À noite, perguntei como foi e senti a voz dela meio aflita. Aí a voz dela começou a mudar e ela começou a chorar. Minha filha contou que depois da atividade de plantar o jardim, a turma foi para outra sala, onde estava outra professora. Ela me disse que essa professora chegou perto dela e olhou para o desenho dela e falou que não era pintura, era rabisco. E chamou ela de macaca. Isso ela já falou chorando — conta Raylaine.

Na escola, a mãe afirma ter encontrado dificuldades para identificar a professora responsável pela turma durante a atividade. Segundo Raylaine, foram necessárias oito tentativas até que a diretora retornasse para ela e contasse quem foi a funcionária. A professora que teria chamado a menina de ‘macaca’ não teria dado explicações sobre o episódio.

— Eu olhei para ela e perguntei: “Seja honesta com você. Você acha que é certo falar para uma criança que o desenho dela é um rabisco e compará-la com um animal?”. Ela foi bem fria, não vou dizer arrogante, mas fria. Ela realmente falou que era um rabisco, pediu desculpas, mas em relação ao xingamento, ela desviava o olhar, ela não me respondia nem que sim, nem que não. Quando vi que ela estava fugindo do assunto, disse que a gente ia ouvir a voz da minha filha. Então coloquei o áudio dela conversando comigo. A professora da minha filha e a diretora começaram a chorar. Ela ficou me olhando com cara de assustada. Aí falei: “Você acha que a minha filha está mentindo? Ela está inventando?”. Aí ela não me respondeu, se calou.

Após a conversa, a vice-diretora da escola ainda teria pedido que a mãe não seguisse com a denúncia. Raylaine, no entanto, fez um Boletim de Ocorrência pela internet e também realizou uma denúncia junto à Secretaria Municipal de Educação.

— Na segunda, passei o dia todo com a minha filha na escola, porque ela não queria ir. A vice-diretora perguntou se a gente poderia encerrar o assunto naquela reunião. Eu disse que não estava satisfeita, porque se ela realmente falou, ela vai arcar com as consequências. Segundo a diretora, é uma professora nova e o que pode ocorrer com essa professora é que ela vai ser afastada e não vai poder trabalhar por cinco anos na rede pública, se eu não parasse por ali. Eu não sei o que vai acontecer com ela. Mas eu sou mãe. Se depender de mim, ela não trabalha mais na rede pública nem em qualquer instituição de ensino. Se ela fez minha filha passar por esse contrangimento, ela não está no lugar certo.

Após ser procurada pelo EXTRA, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo afirmou que vai apurar a denúncia e marcou uma reunião nesta quarta-feira entre as funcionárias e a família da aluna. Em nota, o órgão ressaltou ainda que a direção da escola está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos. Sobre as possíveis sanções que a professora pode sofrer, a Secretaria informou que ainda não pode confirmar, já que o caso ainda está sendo investigado.

Confira a nota na íntegra:

A Diretoria Regional de Educação Capela do Socorro apura responsabilidades no episódio e convocou a família para reunião nesta quarta-feira (01/10) a fim de esclarecer os fatos. A Diretoria também se coloca à disposição da Justiça para os esclarecimentos que se fizerem necessários.

Cidades

Fake news e outras 4 ameaças geram risco para onças-pintadas no Pantanal

Divulgação de falsos ataques acabam gerando preocupação em moradores de áreas como Corumbá, Ladário e comunidades ribeirinhas

16/04/2024 15h33

Guilherme Pimentel/IHP

Continue Lendo...

Durante o 1º Seminário Estratégias de Ações Integradas para Conservação de Felinos, realizado no Centro Sebrae Pantanal, em Corumbá (MS), nesta segunda-feira (15), pesquisadores e representantes de forças policiais e de fiscalização traçaram um mapa de ações para proteção de onças.

Entre os critérios identificados que geram ameaças para esses animais, com reflexo na biodiversidade, está a disseminação de fake news mostrando ataques inexistentes de onça-pintada em seres humanos. Esse tipo de ocorrência acaba gerando mais temor em populações que vivem no Pantanal e incentivando a caça ilegal.

De acordo com o encontro, as ameaças aos felinos, principalmente a onça-pintada, causa impacto direto nos setores econômico e social, por conta do turismo e da pecuária que estão ligados à coexistência da espécie em território pantaneiro. O evento foi promovido pelo IHP, por meio do programa Felinos Pantaneiros, e teve apoio da GM, do Sebrae/MS e do Hotel Nacional.

O avistamento de onças-pintadas ocorre em áreas próximas a Corumbá e Ladário, por exemplo, bem como em comunidades ribeirinhas que ficam ao longo do rio Paraguai.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do IHP, Ângelo Rabelo. No total, participaram 25 pessoas, entre elas representantes da Polícia Civil, como os delegados Iago dos Santos e Fabrício Dias dos Santos (delegado Regional); da Delegacia da Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar Ambiental, com o major Diego da Silva Rosa, subcomandante da PMA, e capitão Jorge Júnior; e do IBAMA. Entre os pesquisadores, estiveram presentes Rafael Hoogesteijin, do Panthera; Rogério Cunha, coordenador do CENAP/ICMBio; Fábio Souza da Silva, Onçafari; e Diego Viana, pesquisador associado do IHP.

O subcomandante da PMA, major Diego Rosa, reforçou que o policiamento e a ciência precisam estar juntas para combater a desinformação envolvendo a onça-pintada. As chamadas fake News podem ocasionar ações criminosas ao criar temor nas pessoas. “O policiamento da PMA vem buscando alinhar as ações de rotina com o conhecimento técnico e científico que existem disponíveis para termos resultados positivos para a conservação do Pantanal. Temos diferentes desafios, como a caça ilegal, mas também combater as fake News, que propagam uma ideia errada do que representa a onça e gera um temor que não precisa existir. Temos a missão de gerar orientação para a população atuar em conjunto.”

Servidora do Ibama/Prevfogo, Thainan Bornato reconheceu que o órgão federal em Corumbá recebe diferentes denúncias e o trabalho com educação ambiental deve ser fortalecido. “A gente enxerga o potencial que a onça tem para o Pantanal porque ela é uma espécie guarda-chuva, ela é importante para a conservação de outras espécies. Corumbá e Ladário têm um grande potencial e podemos ser exemplo de convivência harmoniosa realizando ações de educação ambiental e agindo conjunto na fiscalização.”

A coordenadora do programa Felinos Pantaneiros do IHP, Mariana Queiroz, pontuou que o encontro abriu caminho para vários trabalhos conjuntos. “Listamos algumas ameaças que a espécie sofre e, a partir disso, discutimos medidas para haver integração entre instituições e buscar a conservação com um impacto positivo que vai ser direcionado para a biodiversidade, para a economia e para o social.”

No debate estiveram discussões que envolvem ações para mitigar os atropelamentos em rodovias, combater a caça ilegal e o tráfico de partes do corpo da onça-pintada, atuar para eliminar a prática de ceva, agir para reduzir fake News que divulgam erroneamente ataques de onças a seres humanos e promover a espécie como um ativo para o Pantanal estão na lista de ações a serem desenvolvidas.

Referência mundial na pesquisa sobre coexistência entre grandes felinos e o ser humano, Rafael Hoogesteijin, do Panthera, exemplificou que diante de tantos desafios, só um trabalho conjunto para garantir resultados futuros. “Este evento foi de grande importância para reunir polícias, pesquisadores e demonstrar que todos têm interesse em resolver o conflito.”

O delegado Regional de Corumbá da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, exemplificou que ações coordenadas entre instituições devem gerar resultados favoráveis para a conservação. “A gente recebeu novos conhecimentos e informações valiosas para atuar na conservação dos felinos e do Pantanal. O tráfico de partes do animal é um problema hoje e parcerias como com o IHP e outras instituições vão auxiliar nesse monitoramento. A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Federal também atuam nesse trabalho.”

O IHP, que organizou o seminário, pontuou que outros encontros vão ser organizados para aprimorar a inter-relação entre as instituições públicas e as organizações que desenvolvem pesquisa sobre o comportamento dos felinos.

Assine o Correio do Estado.

TROCA DE COMANDO

Diretor-presidente da Agetran é exonerado após sete anos no cargo

Janine de Lima Bruno pediu para deixar da pasta

16/04/2024 13h15

Janine de Lima Bruno foi exonerado a pedido da Agetran Foto: Arquivo

Continue Lendo...

O engenheiro civil Janine de Lima Bruno foi exonerado do cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Ele assumiu o cargo na gestão do então presidente Marquinhos Trad e deixa a Pasta após sete anos.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande dessa segunda-feira (15), a pedido do próprio Janine.

No lugar dele, assume a função de diretor-presidente o contador Paulo da Silva, que estava no comando da Fundação Social do Trabalho (Funsat).

Também no Diário Oficial, foi publicada a exoneração dele, a pedido, do cargo de diretor-presidente da Funsat e a nomeação para o mesmo cargo na Agetran.

Mudanças

No dia 5 de abril, quatro chefes de pastas municipais também foram exonerados, sendo um secretário, dois subsecretários e uma diretora-presidente, em Campo Grande.

Todos foram exonerados a pedido, sendo Adelaido Vila, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agronegócio e Tecnologia (Sidagro); Maicon Nogueira, titular da Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv).

Também foram exonerados o subsecretário de Articulação Social e Assuntos Comunitários, Francisco Almeida Teles, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Camilla Nascimento de Oliveira.

Nestes casos, a motivação da "demissão" são as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro. Eles devem concorrer a uma vaga de vereador.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).