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Legalizado em 8 Estados, turismo
da maconha ganha força nos EUA

Legalizado em 8 Estados, turismo
da maconha ganha força nos EUA

FOLHAPRESS

21/05/2017 - 09h05
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Esqueça os cafés esfumaçados de Amsterdã. Nos EUA, a maconha virou matéria-prima de uma nova indústria bilionária em ascensão, estimulando o surgimento de produtos variados e experiências inusitadas para os setores do turismo e do bem-estar.

Embora legalizada para maiores de 21 anos em oito Estados americanos, a planta ainda é considerada uma substância ilegal pelo governo federal, do mesmo nível que a heroína. Seu uso recreativo é controverso entre médicos, que alertam sobre chances de dependência e piora em quadros psiquiátricos, como depressão, ansiedade e esquizofrenia.

Enquanto a legalização completa não chega, e parece mais longe com o governo de Donald Trump, turistas americanos e estrangeiros tomam conta de cidades onde o comércio floresce de forma razoavelmente organizada desde 2014, com lojas que vendem a droga em uma variedade sem fim de produtos, de pastilhas de microdosagens, chocolates finos e refrigerantes a pílulas para cólicas menstruais, géis eróticos e pomadas para dor.

"Percebemos que toda a experiência de comprar e consumir cannabis está mudando", disse a empresária Emily Paxhia, cofundadora do fundo de investimentos Poseidon Asset Management, dedicado a firmas da indústria da maconha, ou cannabis, como os profissionais da área preferem.

"Não é mais apenas a procura por ficar bem louco e sim uma busca por uma experiência completa. Visitar uma loja agradável e bonita, frequentar clubes sociais. Existem muitas conversas sobre espaços em potencial para degustações", diz. "A cannabis sempre teve apelo social. E agora estamos começando a entender como criar experiências ao redor dela."

Analistas acreditam que o mercado tenha potencial de crescer dos atuais US$ 6 bilhões para US$ 50 bilhões em uma década, impulsionado principalmente pela Califórnia, maior PIB dos EUA e sexto do mundo, à frente de Brasil e França. Os californianos votaram pela legalização em 2016, e o comércio vai começar em 2018.

É no extremo norte do Estado que ficam as plantações de Humboldt County, um marco zero da produção de maconha de alta qualidade no mundo e que abastece todo o país, tanto o mercado legal como ilegal. A região é quase o dobro de tamanho dos vales vizinhos do vinho Napa e Sonoma.

AIRBNB CANÁBICO

No Colorado e em Washington, Estados pioneiros no comércio legal, o turismo da planta está por todos os lados.

Há panfletos de ônibus que levam por lojas, aulas de gastronomia e visitas a pequenas plantações em estufas, além de diversos sites de hospedagens com casas particulares ou hotéis que recebem usuários sem preconceito. Isso resolve o principal problema do turista, já que é proibido fumar ou consumir em lugares públicos, incluindo nas próprias lojas ou tours.

O BudandBreakfast.com, por exemplo, imita o formato do Airbnb, mas com ferramentas que detalham como a droga pode ser usada: pode-se fumar apenas no quintal, só com vaporizador ou, se for liberado, nos quartos.

"Os donos acham que os turistas de cannabis são mais respeitosos e interessantes do que a típica molecada universitária ou galera de 20 e poucos anos. Isso minimiza os riscos de danos às propriedades", diz o site.

O empresário Michael Gordon, 29, começou a Kush Tourism com uma van que circulava por lojas de Seattle e hoje é uma marca que abrange parceiros em seis Estados.

O site oferece hospedagens, atividades e até transporte especializado. "As ruas de Seattle, numa sexta-feira à noite, cheiram bastante a maconha e ninguém parece se importar mais", disse Gordon. "Nunca vi alguém multado, mas bom senso sempre ajuda."

Mais de 20% de seus clientes são estrangeiros. "Há muitos do Canadá e Europa. E, por alguma razão, muitos brasileiros e australianos."

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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