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Jovem estuprada no Rio entrará em programa federal de proteção

Jovem estuprada no Rio entrará em programa federal de proteção

FOLHAPRESS

30/05/2016 - 19h09
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O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse na noite desta segunda-feira (30) que a jovem vítima de estupro coletivo na zona oeste do Rio será incluída no programa federal de proteção à testemunha.

A jovem de 16 anos já se encontra sob proteção do Estado do Rio, no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, da Secretaria de Direitos Humanos do Estado. O ministro não deu detalhes sobre quando a jovem ficaria sob a proteção federal. Não se sabe ainda se ela será retirada do Estado do Rio.

De acordo com Moraes, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, lhe disse que o caso está "praticamente resolvido", com o pedido de prisão temporária de seis suspeitos de terem participado do estupro da menor.

Moraes disse que diante da repercussão do caso, o governo federal pretende apresentar ao Congresso projeto de lei complementar que endurece a progressão de pena para condenados por estupro e outros crimes considerados hediondos.

O ministro lembrou que enquanto secretário de segurança de São Paulo já havia defendido a proposta. A ideia, segundo Moraes, não é mudar o tipo de pena para casos desse tipo, porque envolveria mudanças no código penal.

A inclusão de uma lei complementar que altere a lei de execuções penais poderia ser uma forma mais rápida de mudar a legislação. "O estupro já é uma das penas mais altas, por se tratar de crime hediondo. O que estamos discutindo é não o endurecimento da pena, mas do regime de progressão", disse.

De acordo com o Código Penal, para crimes considerados hediondos, a progressão da pena ocorre após o cumprimento de dois quintos, em caso de réu primário, e de três quintos, para reincidentes. A progressão ocorre quando o condenado apresenta bom comportamento dentro do sistema prisional.

"Não é razoável que alguém possa ter progressão de regime. Como em qualquer país civilizado do mundo, se a pessoa for condenada a 15 anos, que ela cumpra os 15 anos", disse, acrescentando que a medida poderia ser ampliada para outros tipos de crimes, não considerados hediondos.

Moraes esteve no Rio para reunião com o Comando Militar do Leste, que coordena as forças Armadas no Rio e no Espírito Santo, para discussão da operação de segurança da Olimpíada. A visita incluiu um sobrevoo de helicóptero às áreas onde serão realizados os jogos Olímpicos, de 5 a 21 de agosto, na capital fluminense.

O ministro afirmou que um contingente de nove mil homens da Força Nacional será empregado na segurança pública da cidade.

LAVA JATO

Moraes estava programado para dar uma coletiva de imprensa em um auditório da polícia do Rio, mas a programação foi alterada de última hora. A assessoria não informou o motivo da viagem de volta para Brasília às pressas.

Ele respondeu a questionamentos da imprensa em um púlpito improvisado no hall de entrada do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) da polícia do Rio, por 5 minutos e 39 segundos.

Após encerrar a entrevista, ele foi questionado duas vezes, sobre a Lava Jato e também sobre suspeita de nepotismo em seu ministério. O ministro deixou o local sem comentar.

Moraes deixou local sem responder sobre o teor dos áudios do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, em que faz críticas à Lava Jato ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Ele também não respondeu sobre a denúncia, publicada pela coluna Radar, do site da "Veja", de que nomeou para a Secretaria Nacional de Justiça o filho de um ex-sócio de seu escritório de advocacia.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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