Representantes de palestinos e israelenses, com mediação do Egito, acertaram um cessar-fogo por tempo ilimitado na Faixa de Gaza nesta terça-feira (26). O acordo começou a valer às 19h locais (13h de Brasília). O conflito entre Israel e os grupos armados palestinos na Faixa de Gaza, que iniciou em 8 de julho, fez mais de 2.130 mortos do lado palestino e 69 entre os israelenses. O Ministério das Relações Exteriores egípcio informou que o acordo prevê a abertura imediata dos pontos de passagem entre Israel e Gaza para a "rápida entrada de ajuda humanitária, equipes médicas e de meios para sua reconstrução".
O conflito entre Israel e os grupos armados palestinos na Faixa de Gaza, que iniciou em 8 de julho, fez mais de 2.130 mortos do lado palestino e 69 entre os israelenses.
O Ministério das Relações Exteriores egípcio informou que o acordo prevê a abertura imediata dos pontos de passagem entre Israel e Gaza para a "rápida entrada de ajuda humanitária, equipes médicas e de meios para sua reconstrução".
Israel disse que concordou em abrir as fronteiras com a Faixa Gaza para liberar a entrada de ajuda humanitária e materiais de construção no enclave palestino. A trégua também amplia o direito dos palestinos de pescarem no litoral de Gaza a uma distância de até seis milhas marítimas da costa.
Ainda de acordo com os governos do Egito e de Israel, as negociações indiretas entre as duas partes serão retomadas dentro de um mês. Essas negociações incluiriam questões mais profundas, como o pedido do Hamas de reabertura do aeroporto e do porto de Gaza.
Segundo a France Presse, Musa Abu Marzuq, número 2 do Hamas no exílio que participava das negociações no Cairo, afirmou que o acordo, que "encarna a resistência de nosso povo", constitui uma "vitória para a resistência".
Um representante israelense que não quis se identificar disse que “Israel sempre apoiou um cessar-fogo incondicional, sem prazo”, disse a autoridade à Reuters.
O cessar-fogo é o resultado, segundo a autoridade palestina, de "contatos feitos pelo chefe da delegação palestina Azzam al-Ahmad, com os líderes do Hamas, da Jihad Islâmica e outros movimentos palestinos em Ramallah, Gaza e Catar, além de Egito e as partes regionais e internacionais".
Em Gaza, durante a comemoração pelo fim do conflito, tiros de alegria foram disparados para o ar, enquanto as mesquitas agradeciam a Deus através de alto-falantes. Vários líderes do Hamas e da Jihad Islâmica, a segunda força no enclave palestino, apareceram na noite desta terça em público pela primeira vez desde o início da guerra com Israel, há 50 dias.
Os líderes dos dois movimentos islâmicos não haviam aparecido durante a guerra, em que aviões israelenses realizaram dois ataques contra líderes do Hamas, matando três deles.