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Grécia e credores retomam negociação para evitar calote

Grécia e credores retomam negociação para evitar calote

FOLHAPRESS

30/06/2015 - 07h32
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O governo da Grécia e os credores retomaram as conversas na tentativa de um acordo de última hora para evitar o calote de 1,6 bilhão de euros no FMI (Fundo Monetário Internacional) nesta terça-feira (30).

Segundo jornais gregos, o primeiro-ministro Alexis Tsipras havia rejeitado na noite passada uma oferta enviada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

No entanto, a mídia local diz que as partes teriam voltado a conversar nesta manhã em busca de uma solução. A Grécia poderia fazer uma nova proposta durante o dia.

O governo tem até as 18h do horário de Washington (1h de quarta-feira, 1º, pelo horário de Atenas) para quitar a dívida com o FMI.

Por volta das 12h desta terça (6h, horário de Brasília), a reportagem presenciou o ministro de Finanças, Yanis Varaoufakis, chegando ao seu escritório no centro de Atenas. Ele falou rapidamente com a reportagem e mais três jornalistas gregos e pediu "calma" à população.

A cidade de Atenas amanheceu com filas nos caixas eletrônicos, no segundo dia de controle de capital, medida tomada pelo governo para evitar a fuga de capital. Os bancos continuam fechados, provavelmente até o começo da semana que em, após o plebiscito convocado para o domingo (5) sobre o acordo.

Caso a Grécia chegue a um consenso de última hora com os credores, o plebiscito poderia ser cancelado, segundo lideranças políticas gregas.

Em entrevista ao "Financial Times", o ministro da Economia grega, George Stathakis, confirmou que o país não pagaria a dívida com FMI nesta terça.

Tecnicamente, o FMI trata isso como "atraso", mas a Grécia deixou claro que não vai pagar, a não ser que tenha acesso a 7,2 bilhões de euros, última parcela do socorro recebido de 245 bilhões de euros do Fundo e do BCE (Banco Central Europeu) desde 2010. O programa de resgaste externo da Grécia também termina nesta terça.

Para liberar os recursos, os credores cobraram cortes de gastos e aumentos de tributos que a Grécia não aceitou. As negociações foram suspensas no sábado, depois que o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, pediu a prorrogação da dívida por um mês por causa do plebiscito.

Na noite passada, Tsipras deu uma entrevista na TV defendendo o voto pelo "não", ou seja, contra o acordo. "O plebiscito é uma arma para nós, para o povo grego", disse. "Se tivermos um alto número de pessoas votando 'não', estaremos numa posição mais forte", ressaltou, sugerindo que pode deixar o cargo, dependendo do resultado da votação.

Eleito em janeiro pelo partido de esquerda Syriza sob o discurso antiausteridade fiscal, ele reafirmou que um voto contra o acordo não significa a saída da zona do euro.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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