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Fiscais do Trabalho encontram irregularidades no Rock in Rio

Fiscais do Trabalho encontram irregularidades no Rock in Rio

JORNAL DO BRASIL

27/09/2015 - 02h00
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Auditores Fiscais do Trabalho verificaram, na manhã desta sexta-feira (25), a existência de várias irregularidades no Rock in Rio 2015, evento que acontece até domingo (27) na cidade do Rio de Janeiro e reúne milhares de pessoas e a oferta de vários serviços.

Foi encontrado, por exemplo, irregularidade no alojamento de trabalhadores. Após análise de documentos, verificação física e entrevistas, foi localizado um depósito, na sede administrativa do evento, cedido a empresa Garrana para guarda de utensílios, no qual trabalhadores terceirizados estavam dormindo.

Num balanço parcial da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego foi verificado que cerca de 15 trabalhadores dormiam sobre papelões, com roupa de cama particular e em meio a materiais de limpeza. Havia ainda restos de alimentos e diversos documentos da empresa no local.

Todos os trabalhadores e empregador já estão sendo ouvidos pela Fiscalização do Trabalho, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho. Entre as irregularidades detectadas, existe jornada de trabalho acima da contratada e em turnos sucessivos.

Cooperativa irregular – No primeiro fim de semana do evento foi verificado que a cooperativa contratada para coleta seletiva de resíduos estava utilizando mão de obra avulsa para realizar o serviço, mediante o pagamento de diárias.

Segundo a fiscalização do trabalho, a cooperativa Socitex utilizava trabalhadores contratados de forma irregular para exercer sua atividade fim, agindo assim como intermediadora de mão de obra, quando a entidade deveria, na verdade, ter utilizado seus cooperados. Os trabalhadores avulsos não foram contratados corretamente e recebiam diárias fixas, não participando das decisões da cooperativa.

A gestão de segurança do trabalho também apresentou irregularidades, como falta de luvas para manipulação de resíduos e, além disso, foi observado pela fiscalização que muitos dos trabalhadores também estavam dobrando os turnos de serviço, sem intervalo e local apropriado para descanso.

Após reunião da equipe com a organização do evento, e audiência no Ministério Público do Trabalho, a empresa Rock World, organizadora do evento, comprometeu-se a contratar todos os trabalhadores da cooperativa, para atuação até o final do evento.

MTE em ação

 Equipes de auditores fiscais do  Trabalho continuam em atuação. Elas verificaram que trabalhadores ambulantes da rede Bob´s estavam carregando mercadorias de forma irregular, sem meios adequados, além de problemas no acesso de técnicos às torres de iluminação do Palco Mundo. Também foi verificado que vários trabalhadores terceirizados de limpeza, da empresa Sunset, estavam sem registro em Carteira de Trabalho, e sem recebimento de vale-transporte. Não há ainda vestiário adequado, com trabalhadores colocando uniforme no estacionamento do festival. As empresas serão também notificadas à apresentação de documentos e poderão ser autuadas pelas condições de trabalho verificadas.

Ao final do evento, a fiscalização do MTE vai divulgar o resultado das ações realizadas desde o início do Rock in Rio 2015.

Em nota à imprensa, a Sunset Services informou que "valoriza seus colaboradores e segue todas as leis trabalhistas. As questões levantadas nas inspeções do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego na manhã desta sexta-feira (25/09) no Rock in Rio já estão sendo esclarecidas".

Campo Grande

Vereadores derrubam isenção e Consórcio Guaicurus voltará a pagar imposto milionário em 2026

Projeto de lei apresentado pela prefeitura municipal obteve 15 votos contrários e 10 favoráveis

18/12/2025 18h30

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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No "apagar das luzes" de 2025, a Câmara Municipal de Campo Grande rejeitou a isenção sobre o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) para o Consórcio Guaicurus, renúncia que neste ano foi de aproximadamente R$ 9,5 milhões aos cofres municipais.

Na prática, a cobrança sobre este tipo de imposto é de responsabilidade da prefeitura municipal, repasses os quais o consórcio é isento de pagar desde 2013, ano em que a concessionária assumiu o transporte público da Capital. Anualmente, a administração encaminha o projeto de lei à Câmara, que aprova ou rejeita a possibilidade de cobrança, que voltará a ser feita em 2026.

De autoria do executivo municipal, o Projeto de Lei 12.229/2025 foi rejeitado nesta quinta-feira (18) por 15 vereadores, e aprovado por 10, nesta que foi a última sessão sessão legislativa do ano. Em justificativa, a prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que a isenção fiscal vigente, permite que a concessionária isente diversos passageiros de pagar a taxa de transporte público, atualmente em R$ 4,95. 

"Ressaltamos que ainda que o benefício fiscal proposto também é satisfatório para fazer as empresas prestadoras de serviços de transportes de pessoas em Campo Grande, pois minimiza os custos financeiros arcados por elas, em contrapartida a não cobrança das passagens à diversos usuários decorrentes de ajustes com o município, acarretando uma maior majoração do preço tarifário, portanto, entendemos que no final, o grande beneficiário, é o munícipe", destacou Adriane. 

Durante a sessão, o presidente da Câmara Epaminondas Neto, "Papy" (PSDB), disse compreende a rejeição ao projeto apresentado pela prefeitura, declaração dada em meio à greve dos motoristas. "Isso é um sinal para a cidade de que o parlamento está esgotado em relação ao Consórcio Guaicurus, que demonstra repetidas vezes as mesmas falhas. E o pior, sem uma iniciativa clara do que quer mudar. (O consórcio) está sempre justificando algumas coisas, mas, na prática, com ações que demoram demais para acontecer", avaliou. 


Favoráveis: Beto Avelar (PP), Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Dr. Jamal (MDB), Victor Rocha (PSDB), Herculano Borges (Republicanos), Leinha (Avante), Neto Santos (Republicanos), Otávio Trad (PSB), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (PP), Rafael Tavares (PL), Ronilço Guerreiro (Podemos), Silvio Pitu (PSDB) e Veterinário Francisco (União).

Contrários: André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Fabio Rocha (União), Flávio Pereira Moura, o Flávio Cabo Almi (PSDB), Jean Ferreira (PT), Landmark Ferreira (PT), Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP), Marquinhos Trad (PDT) e  Wilson Lands (Avante).

Saiba*

Após quatro dias de paralisação os motoristas do consórcio voltarão integralmente ao trabalho na manhã desta sexta-feira (19). A antecipação do repasse, anunciada pelo Governo do Estado durante a manhã, caiu na conta e a suspensão da greve foi decidida nesta tarde, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT24).

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VALORES REDEFINIDOS

Câmara aprova projeto que suspende cortes de adicionais em plantões da saúde

Assinado pela prefeita Adriane Lopes (PP), o Decreto nº 16.440 reduz em 10% o valor pago aos servidores da saúde e as bonificações de final de ano

18/12/2025 18h15

Adicional de plantão em fim de semana e feriados agora é de 10%

Adicional de plantão em fim de semana e feriados agora é de 10% FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Foi aprovado, hoje (18), na última sessão ordinária na Câmara Municipal de Campo Grande, o Projeto de Decreto Legislativo n° 3.108/25, que suspende os atos normativos do decreto responsável por alterar os dispositivos relativos à remuneração de produtividade e aos plantões eventuais no âmbito da Secretaria de Saúde (Sesau). 

O decreto, publicado no Diário Oficial do dia 6 de novembro, causou insatisfação no Conselho Municipal de Saúde de Campo Grande e entre os trabalhadores da categoria, por cortar pela metade o adicional de plantões dos servidores da saúde.

Com a aprovação do projeto, ficam redefinidas as proporções de cálculo do incentivo Produtividade SUS Eventual (VIPSUS) devido aos servidores que realizarem plantões no âmbito do SUS. A proposta é do vereador Jean Ferreira (PT).

Como justificativa para suspender o decreto, a emenda argumenta que a Prefeitura alterou os dispositivos sem prévia deliberação do Conselho Municipal de Saúde, causando impacto direto na remuneração dos profissionais de saúde.

Além disso, o projeto analisa que a redução dos adicionais dos plantões realizados em períodos de maior demanda assistencial, como nas escalas relativas aos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro, desestimula a adesão dos profissionais às escalas.

Isto favorece vazios assistenciais e comprometendo o acesso da população aos serviços de saúde, em afronta ao dever estatal de assegurar acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde.

Por fim, Jean Ferreira argumenta que o decreto viola a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STF), segundo a qual as verbas pagas a título de plantão presencial e de sobreaviso (bem como as
rubricas de produtividade diretamente vinculadas à prestação desse serviço) possuem caráter comutativo e retributivo do trabalho realizado, não se destinando ao ressarcimento de despesas extraordinárias, assumindo, portanto, natureza eminentemente remuneratória.

Decreto Municipal 

Assinado pela prefeita Adriane Lopes (PP), o Decreto nº 16.440 reduz em 10% o valor pago aos médicos, odontólogos, veterinários, técnicos, enfermeiros e demais servidores na área da saúde no regime de escala em plantão nos finais de semana, feriados e pontos facultativos. 

Além disso, a medida também altera a bonificação de plantões no final do ano, reduzindo pela metade o adicional sobre o valor pago aos profissionais que trabalharem nos dias 25 de dezembro de 01 de janeiro. 

A alteração aparece no Diogrande sem nenhuma justificativa para a decisão e pegou os profissionais de surpresa. 

Adicional de plantão em fim de semana e feriados agora é de 10%

Diogrande nº 8.119 de 07 de novembro de 2025 - Edição Extra

Adicional de plantão em fim de semana e feriados agora é de 10%

Diogrande nº 7.524 de 04 de junho de 2024 - Edição Extra

Em matéria publicada pelo Correio do Estado na época, o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sindmed), Marcelo Santana, disse que a medida é um "desrespeito" com os profissionais na saúde, e, segundo ele, vem sendo desvalorizada a cada ano. 

O presidente afirmou ao Correio do Estado que, na reunião convocada pela Prefeitura com os presidentes dos sindicatos no dia 31 de outubro, onde foram comunicadas as reduções de jornada de trabalhos dos servidores municipais, o Executivo alegou que os trabalhadores da área da saúde não sofreriam as mudanças, nem em carga horária, nem salarial, por ser considerado um serviço essencial. 

Uma semana depois do comunicado, o novo decreto foi publicado, jogando por terra o que havia sido afirmado aos trabalhadores. 

"Para nossa surpresa, numa sexta-feira, vem esse decreto, e esse decreto vem como ilegal, porque reduz o valor dos rendimentos dos profissionais. A Prefeitura municipal não concede reajuste aos servidores nos últimos cinco anos e ainda pra completar, vem numa véspera de final de ano, a comunicação de que vão reduzir o valor dos plantões, principalmente os plantões de final de semana. Nós entendemos isso como uma falta de respeito". 

De acordo com o decreto de junho de 2024, os profissionais podem trabalhar em escala de plantão de 4 horas, 6 horas ou 12 horas. De segunda a sexta-feira, no período diurno, o valor pago mantém sem alteração, passando a ter acréscimo de 10% nos plantões noturnos e de 20% nos plantões de finais de semana e de feriados e pontos facultativos, como mostra a tabela. 

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