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Doria usa chapéu, come refeição de peões e discursa em rodeio lotado em Barretos

Doria usa chapéu, come refeição de peões e discursa em rodeio lotado em Barretos

Folhapress

20/08/2017 - 13h18
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Em visita à Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos na noite deste sábado (19), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), usou chapéu, comeu refeição típica de peões, foi ao palco, discursou aos cerca de 35 mil presentes ao estádio de rodeios e falou em levar rodeio para a capital.

Doria chegou ao Parque do Peão de Barretos (423 km de São Paulo) por volta das 21h e foi recebido pela organização do evento no Ponto de Pouso, local que abriga o concurso da Queima do Alho -que reproduz a comida típica dos peões boiadeiros, com churrasco, paçoca de carne, feijão e arroz carreteiro.

"Aqui não tem crise, ano após ano de crescimento, mais resultado, mais público, mais impacto, demonstração clara de que não há crise onde há trabalho", disse o prefeito.

Depois de receber presentes como fivela e chapéu, Doria afirmou que visitava Barretos como "amigo", "não como pré-candidato à Presidência da República", e comeu a refeição característica dos peões no local.
Em seguida, acompanhado do deputado Fernando Capez (PSDB), foi ao estádio de rodeios, fez selfies com mais de uma dezena de pessoas e assistiu do palco a montarias em touros.

Antes de falar ao público, Doria foi saudado pelo locutor de rodeios Cuiabano Lima. "Em nome do digníssimo presidente [da festa] Hussein Gemha Júnior, do prefeito de Barretos, Guilherme Ávila [PSDB], nós estamos recebendo com muito carinho um homem que tem mudado a história de pessoas todos os dias na maior capital desse país, na quinta maior cidade desse planeta, que é a capital de São Paulo [...] João Doria, o nome de João, apóstolo de Jesus, o homem da caridade, o homem do trabalho, o homem da humildade", disse o locutor.

Em seguida, Doria elogiou a organização do evento e discursou por cerca de três minutos. "Vou lançar aqui um desafio aos Independentes [associação organizadora da festa]: para nós fazermos uma festa igual em São Paulo muito em breve", disse Doria, que em seguida fez uma coreografia com os braços com o locutor e o público presente ao estádio projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012).

AGENDA
De manhã, Doria participou de atividade da operação Cidade Linda, no Butantã. Quando gravou vídeo para suas redes sociais, ouvia-se gritos de "Doria presidente" de um grupo de pessoas. Ele voltou a atacar o PT, ao dizer que herdou 650 mil buracos nas ruas da gestão de Fernando Haddad (PT) e que trabalha para fechá-los.

A viagem a Barretos foi mais uma da série que Doria tem feito pelo país. Na última semana, o tucano intensificou agenda na região Nordeste, mesma semana em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma caravana de ônibus pelos nove Estados da região.

Nesta sexta (18), em Fortaleza (CE), Doria respondeu a uma afirmação de Lula, que se comparou, na Bahia, ao argentino Lionel Messi, cinco vezes eleito o melhor jogador do mundo.

"O Lula me atacou e disse que é o Messi. Pois então Lula, eu te digo que eu prefiro ser o Neymar, que é brasileiro e negro, Lula. Essa é a minha escolha", disse Doria em evento com a presença de líderes empresariais do Estado.

Pouco antes, Doria já havia chamado Lula de "sem-vergonha, mentiroso, preguiçoso e covarde" por críticas que diz ter recebido do ex-presidente, entre elas o fato de estar viajando muito. Doria, só em agosto, já esteve em quatro capitais do Nordeste -Salvador, Natal, Fortaleza e Recife.

Em Salvador, o prefeito paulistano foi recebido sob protestos e foi atingido por ovos.

O Nordeste é o principal reduto eleitoral de Lula e sua principal aposta para alavancar a votação em 2018, caso seja candidato à Presidência. O petista é aliado de oito dos nove governadores da região.

Em suas viagens, Doria tem feito uso da estrutura do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que ele fundou e do qual se licenciou.

Ele nega ser candidato à Presidência em 2018, mas diz que "não vai se furtar".

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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