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Dilma autoriza prorrogação de contratos do Mais Médicos até 2019

Sem a MP, 71% dos profissionais teriam que deixar postos, diz governo

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A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira (29) medida provisória que autoriza a prorrogação, por até três anos, dos contratos de profissionais estrangeiros no programa Mais Médicos. Segundo o governo, a regra evita que 12,9 mil profissionais de saúde sejam obrigados a deixar os postos de trabalho até o fim do ano. O número corresponde a 71% do programa.

“Essa autorização vai beneficiar a população imediatamente. São 7.005 médicos formados no exterior, aqueles que aderiram ao programa na primeira hora, que precisariam deixar seus postos agora em agosto. Com essa medida, nós garantimos que esses médicos permaneçam”, declarou Dilma.

Segundo o Planalto, outros 5.961 médicos também precisariam retornar para seus países até o fim do ano. Com a mudança, os contratos podem ser renovados até 2019, desde que haja concordância do profissional, da prefeitura e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), nos contratos intermediados pela entidade.

A medida provisória também extingue a necessidade de um exame de revalidação do diploma, que era previsto como condição para renovar os contratos. Segundo Dilma, a mudança nas regras “iguala as condições de participação para médicos formados no Brasil e formados no exterior”.

Essa autorização vai beneficiar a população imediatamente. São 7.005 médicos formados no exterior, aqueles que aderiram ao programa na primeira hora, que precisariam deixar seus postos agora em agosto. Com essa medida, nós garantimos que esses médicos permaneçam"
Presidente Dilma Rousseff

“Nós sabemos que ainda não há profissionais formados no Brasil em número suficiente e, mais grave que isso, a maior parte das vagas está em localidades remotas e de difícil acesso, onde é difícil os médicos com registro no Brasil optarem por fixar residência. Daí a importância de ter esses médicos com permanência garantida. Agimos preventivamente para que a saúde do nosso povo continue recebendo a atenção necessária e os vazios assistenciais, onde não se via médico, não voltem a existir”, disse a presidente.

Cursos de medicina
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos e prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, afirmou que a prorrogação dos contratos atende a demandas das prefeituras atendidas pelo programa. Os gestores municipais temiam o impacto negativo do esvaziamento dos centros de saúde no fim de julho, faltando três meses para as eleições de outubro.

"Não há dado mais preocupante na saúde pública do que lembrar que, até pouco tempo atrás, 700 municípios não tinham sequer um médico. Essa é a realidade que enfrentávamos, um símbolo dramático dessa carência", disse Lacerda.

No pronunciamento, o prefeito também cobrou publicamente que o Tribunal de Contas da União libere os processos de criação de 39 cursos adicionais de medicina, sem detalhar onde eles seriam instalados. O pedido foi encampado pela presidente, também em discurso público.

“Eu queria me solidarizar e apoiar a afirmação do prefeito Márcio Lacerda no sentido de se apressar a autorização para as 39 instituições que estão pendentes há oito meses de autorização no TCU”, declarou Dilma.

Em nota ao G1, o TCU não comentou as declarações. O órgão informou que os cursos foram propostos em um único edital de chamamento, que foi contestado e ainda está sob análise. Não há prazo para o julgamento das representações.

Em fevereiro, a ministra relatora Ana Arraes identificou que havia outros processos similares em andamento e retirou o tema de pauta, para que a tramitação seja unificada e não haja decisões conflitantes sobre o assunto. O sistema eletrônico do TCU mostra que novos documentos foram juntados ao processo na última quinta (28).

As denúncias apontam que o governo alterou as etapas do edital quando a escolha já estava em andamento, sem publicar essas mudanças no Diário Oficial da União. Os critérios de avaliação das propostas também não estavam claros no edital, segundo os denunciantes.

POR DIREITOS

Professores da UFMS entram na greve geral da categoria a partir de 1º de maio

Maio marca o início da paralisação das atividades no polo campo-grandense da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em busca da recomposição salarial ao nível da inflação

23/04/2024 11h30

Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial Marcelo Victor/ Correio do Estado

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Durante Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ADUFMS), na manhã desta terça-feira (23), os docentes de Campo Grande votaram "sim" pela adesão - a partir de 1º de maio - à greve nacional que reivindica a recomposição salarial ao nível da inflação.

Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial

Com opções de voto para deflagração da greve sendo "sim" ou "não", 150 foram favoráveis pela adesão, enquanto cinquenta e dois se mostraram contrários à proposta, com apenas duas abstenções registradas. 

Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, professora presidente da ADUFMS, esclareceu que os pedidos se baseiam pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

"A partir de 1º de maio suspensas todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas por docentes. Nós temos os serviços essenciais, vamos fazer uma discussão do comando de greve no dia 29 e tirar um cronograma de como os serviços essenciais vão estar funcionando conforme a legislação", comentou. 

Ainda em 03 de abril houve paralisação e seis dias depois foi decidida pela manutenção do chamado "estado de greve", o que indicava que uma pausa definitiva poderia acontecer a qualquer momento. 

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IF's) aderiram ao movimento em todo país.

"A greve vai continuar até que o governo apresente uma proposta razoável, que contemple também os aposentados e aposentadas. Atualmente a nossa reivindicação é por um reajuste salarial de 21,71% em 2024, 2025 e 2026", complementa Mariuza. 

Além disso, são reivindicadas a equiparação dos benefícios ao legislativo e ao executivo, a reestruturação das carreiras e também a recomposição do orçamento das universidades, que hoje equivale a um orçamento de 2016, segundo a presidente sindical. 

É previsto legalmente que essa correção aconteça anualmente, apesar de não ocorrer desde 2017, conforme a categoria, representando uma perda salarial de cerca de 40%, sendo que foi feito um reajuste emergencial de 9% em 2023.

Essencial

Mariuza faz questão de ressaltar que o Hospital e Restaurante universitários (HU e RU), são serviços essenciais, portanto, não devem paralisar suas respectivas atividades.

Ainda hoje (23) a ADUFMS comunicará à reitoria da universidade, a deflagração da greve e solicitará a suspensão do calendário acadêmico por tempo indeterminado.  

Sem uma duração estipulada, os docentes votaram apenas para quando a greve se inicia, de fato, em Mato Grosso do Sul, com 1º de maio vencendo por 65 votos as opções de 29 de abril (46 votos) e 10 de maio (40). 

Sobre a possibilidade de não adesão por parte de alguns professores, visto o número de posições contrárias além das abstenções, a presidente do sindicato argumenta que haverá uma mobilização já que o ADUFMS conta que haverá 100% de paralisação.

"Nós estaremos daqui até o dia primeiro, visitando as unidades, conversando com professores, para que todos os colegas possam se sensibilizar e entender que só a luta é que vai nos levar a conquistar uma recomposição salarial, que resgate a nossa dignidade, que hoje nós estamos passando por dificuldades e muitos professores têm reclamado de que os salários não estão dando conta. Dos boletos ao final do mês", conclui. 

Demais pontos

Na sexta-feira (19) o Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, propondo reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos.  

Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve ainda em 03 de abril. 

Paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos estão os seguintes campi do IFMS

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã

**(Colaborou Laura Brasil)

 

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ONDA DE CALOR

Onda de calor fecha abril com temperaturas elevadas em MS

Segundo o Inmet, há um aviso de baixa umidade e um perigo potencial no grau de severidade previsto para iniciar nesta terça-feira (23)

23/04/2024 10h30

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após uma semana de clima ameno e chuvas que trouxeram um alívio temporário, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nesta terça-feira (23), alerta de uma nova onda de calor para Mato Grosso do Sul, com temperaturas previstas de alcançar níveis extremos.  

Essa onda de calor tem sua origem associada a uma área de alta pressão na média atmosfera, que atuará como um bloqueio. Esse sistema favorece a permanência do ar seco e quente, resultando em temperaturas elevadas.

Em grande parte das regiões do Centro-Oeste, o clima será de tempo quente e seco, exceto no noroeste de Mato Grosso e norte do Espírito Santo, onde devem ocorrer chuvas rápidas e passageiras.

Temperatura de 22 e 29/04

Para os próximos dias são previstas temperaturas máximas que podem superar os 30°C na parte central do Brasil. No decorrer da semana, há uma tendência de elevação das temperaturas em áreas das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a partir de quarta-feira (24) que poderá dar origem a uma nova onda de calor.

O Inmet destaca que está monitorando essas condições e reforça a importância do acompanhamento diário das atualizações de previsão do tempo e emissão dos avisos meteorológicos especiais.

No domingo, dia 28 de abril, as temperaturas máximas podem ultrapassar 30°C em grande parte do país, podendo chegar acima de 34°C em Mato Grosso do Sul.

Em MS 

Na sexta-feira (26), espera-se que Corumbá alcance os 40°C, enquanto Campo Grande pode chegar a 35°C. Porto Murtinho e Aquidauana também enfrentarão altas temperaturas, com previsão de 39°C, enquanto Miranda poderá atingir os 38°C.

Ainda na semana passada, diversas estações meteorológicas do Inmet têm alertado para o início de uma nova onda de calor, caracterizada por temperaturas consideravelmente acima da média ao longo de vários dias consecutivos.

Corumbá já havia registrado temperaturas superiores a 32°C entre as cidades monitoradas. Prevê-se um aumento gradual da temperatura ao longo da semana em toda a região Centro-Sul do Brasil, com Mato Grosso do Sul entre os estados mais afetados pelo calor intenso.

Alertas

Segundo o Inmet, há um aviso de baixa umidade e um perigo potencial no grau de severidade previsto para iniciar nesta terça-feira (23) a partir de 12h, com a umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%.

Cuidados

  • Beba bastante líquido,
  • Evite desgaste físico nas horas mais secas,
  • Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

 

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