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Comitê internacional diz que
sarampo está eliminado no Brasil

Mato Grosso do Sul foi o último estado a registrar caso autóctone

FOLHAPRESS

26/07/2016 - 14h49
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Depois de enfrentar um surto de sarampo no Ceará em 2015, o Brasil completou neste mês um ano sem novos casos da doença, informou a Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde) hoje. Com isso, a circulação do sarampo foi considerada interrompida no país.

A vacinação, no entanto, continua sendo necessária e recomendada como principal estratégia para evitar uma reintrodução da doença no Brasil.

A análise sobre a eliminação do sarampo foi feita durante visita da presidente do Comitê Internacional de Avaliação e Documentação da Eliminação do Sarampo, Merceline Dahl-Regis.

Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que o país receba até o fim deste ano um certificado internacional da OMS (Organização Mundial de Saúde) que reconhece o fim da transmissão do sarampo em todo o continente americano.

O certificado, porém, já era esperado desde o ano passado. Mas um surto da doença no Ceará, iniciado a partir de um caso importado (adquirido em outro país), atrasou os planos e colocou o governo em alerta.

Ao todo, houve 1.052 casos confirmados de sarampo em 38 municípios do Estado entre dezembro de 2013 e julho de 2015, segundo a secretaria estadual de Saúde. A situação exigiu uma força-tarefa emergencial em conjunto com entidades de saúde para intensificar a vacinação nas áreas de maior transmissão.

MATO GROSSO DO SUL

Desde julho de 2015, o país não registra novos casos. Segundo o ministério, o país vinha tendo forte redução dos casos de sarampo desde os anos 2000, quando iniciou um plano para eliminação da doença e teve os dois últimos surtos autóctones (com transmissão local), no Acre e Mato Grosso do Sul.

Em 2013, no entanto, casos importados levaram a novos surtos locais da doença no Pernambuco e no Ceará.

O Ministério da Saúde diz considerar que foram surtos "isolados" e diz que, na época, já havia sido constatada a interrupção da transmissão no restante do país.

Para o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), o anúncio da eliminação do sarampo é uma notícia a ser comemorada, porque mostra a eficácia das políticas de vacinação em grande parte do país nos últimos anos. Ele ressalta, no entanto, que a população não pode descuidar da proteção.

"Essa declaração por si só não isenta ninguém de se vacinar", reforça. "Nesse mundo globalizado, com tantas viagens, a reintrodução da uma doença é fácil. Se deixa parte da população desprotegida e se vem um indivíduo de fora [com a doença], encontra aqui um 'pool' de suscetíveis capaz de fazer com que o vírus volte a circular. Isso só aumenta a responsabilidade de manter o Brasil como zona livre do sarampo. Isso não nos deve deixar relaxados. Temos que manter altos índices de cobertura vacinal", completa.

VACINAÇÃO

Apesar do reconhecimento do fim da transmissão da doença no Brasil, surtos de sarampo ainda ocorrem em outros países do mundo, segundo o Ministério da Saúde.

Com isso, o país terá agora o desafio de manter as estratégias de prevenção e controle da doença para sustentar o fim da transmissão. Hoje, a vacina contra o sarampo faz parte do calendário de imunização no SUS e é ofertada em duas doses, uma aos 12 meses e outra aos 15 meses.

Quem não recebeu a vacina nesse período deve ir a uma unidade de saúde para receber a proteção. "Adultos que não receberam também podem e devem ser vacinados", diz Kfouri.

A Opas/OMS também recomenda que turistas e atletas que venham para eventos como a Olimpíada se vacinem contra o sarampo e rubéola pelo menos duas semanas antes de viajar. A medida, além da proteção ao turista, visa evitar novos casos importados de sarampo no Brasil.

O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.

Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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GOL-JUSTIÇA

Cão é levado para estado errado e morre após falha em transporte da Gol

Um cachorro de 4 anos morreu durante uma falha no transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia aérea Gol, nesta segunda-feira (22)

23/04/2024 17h45

Em nota, a Gol informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido Divulgação Rede Social

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Joca, um cão da raça Golden Retriever, deveria ser levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), onde seu tutor o aguardava, mas foi parar em Fortaleza. Após a constatação do erro no destino do animal, ele retornou a Guarulhos, mas chegou morto no aeroporto em São Paulo.

Família acusa a Gol de negligência. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Marcia Martin, mãe de João Fantazzini, tutor do animal, diz que a empresa não chamou nenhum veterinário para avaliar o cão. A família também diz que Joca teria sido deixado dentro do canil, na pista, sob o sol.

"Olha aqui, cachorro do meu filho, saiu para ir para Sinop, um irresponsável enviou ele para Fortaleza, não contente, mandaram de voltar sem nenhuma avaliação de um veterinário, o cachorro está aqui dentro, morto. Eles mataram um Golden de 4 anos", disse Marcia Martin.

Tutor desabafou e disse que cão foi assassinado. "O meu amor foi assassinado, minha melhor escolha, amor da minha vida. Você foi muito novo. Eu me lembro do dia que eu te peguei e a nossa conexão foi momentânea. Meu filho, me perdoa por ter sido egoísta de querer você ao meu lado. Você é o amor da minha vida para sempre. Minha saudade vai ser diária. Saudades de dar a sua maçã toda manhã, levar você para a piscina e de cuidar de você diariamente. Obrigado por tudo meu companheiro", escreveu João em postagem no Instagram.

"FALHA OPERACIONAL", DIZ GOL

Em nota, a Gol informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido. A empresa também afirmou que o cão recebeu cuidados, mas, "infelizmente, logo após o pouso do voo em Guarulhos, vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal".

Gol também disse que instaurou sindicância interna para apurar o ocorrido. "A Companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time. Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação".

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DA GOL

A GOL lamenta profundamente o ocorrido com o cão Joca e se solidariza com a dor do seu tutor. A Companhia informa que o cão Joca deveria ter seguido para Sinop (OPS), no voo 1480 do dia 22/04, a partir de Guarulhos (GRU), porém, por uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (FOR).
Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos (GRU) para reencontrar o Joca. 

A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal. 

A Companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time. Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação.

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