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Musicais retomam brilho do passado e voltam com força aos cinemas

Musicais retomam brilho do passado e voltam com força aos cinemas

THIAGO ANDRADE

25/03/2017 - 14h42
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A música cumpre um papel essencial no cinema desde os seus primórdios. O primeiro filme falado de que se tem registro era, à sua maneira, um musical. “O Cantor de Jazz”(1927), embora ainda enfrente acusações de racismo pelo uso do recurso conhecido como “blackface”, ofereceu ao mundo o vislumbre de uma relação que só viria a se estreitar.

Em 2017, outro musical despontou mundialmente e chamou a atenção do público e da crítica: “La La Land”, no qual um cantor de jazz e uma aspirante a atriz vivem suas alegrias e as tristezas em Los Angeles. O filme garantiu 14 indicações ao Oscar das quais levou seis. 

Outro estúdio que sempre aposta nas canções para conquistar os espectadores, a Disney, também conta com um filme em cartaz que faz parte do gênero. “A Bela e a Fera” reimagina o clássico literário em versão com pessoas de verdade e muitos efeitos computadorizados. Emma Watson, a Hermione de Harry Potter, vive a camponesa que se muda para o castelo da Fera depois que seu pai é aprisionado por roubar flores do jardim. Um dos pontos altos do filme são, justamente, as canções.

Para Fernandes Ferreira, professor do curso de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, é possível dizer que os musicais estão de volta com tudo, sobretudo no caso do cinema. “Anualmente sempre há uma ou mais produções musicais na telona, mas poucas alcançam o sucesso de filmes como ‘La La Land’”, aponta. Embora não seja novidade ver filmes musicais concorrendo em categorias importantes do Oscar, sempre que isso acontece, o gênero se destaca.

Fernandes dirigiu alguns musicais em Campo Grande. Adaptações de “Godspell” e “Grease”, interpretadas pelos alunos da Uems e jovens atores e atrizes da Capital chamaram a atenção do público. “Por ser um aficionado nessa linguagem e por querer oportunizar a participação de jovens artistas na produção de um musical, decidi realizar essas montagens”, explica. Outro motivo, segundo ele, foi garantir que o público de Mato Grosso do Sul tenha acesso a esse tipo de produção sem ter de se deslocar aos grandes centros.

No entanto, além de obras pontuais, a produção de musicais na cidade não é tão difundida. Um dos motivos é a complexidade que um trabalho do tipo exige, como domínio de técnicas de canto e dança, além de figurinos, microfones e outros equipamentos. “Tudo é muito complexo e caro”, explica. “O elenco tem de saber cantar, dançar e atuar”, ressalta. 

Os detalhes, como pode-se imaginar, fazem toda a diferença. Mas Fernandes argumenta que seja ao vivo ou gravado, um espetáculo musical nunca perde a sua magia. “Claro que ser apresentado ao vivo ou gravado em estúdio faz toda a diferença”, pontua. Mesmo com as dificuldades em se produzir na cidade, Fernandes ressalta que a receptividade de seus espetáculos sempre foi boa. “Ao final de nossa última produção, “Grease”, fui procurado por várias pessoas na três  noites. Chorando, emocionadas, elas agradeceram a realização de um sonho: ver um musical ao vivo”, pontua.

Voltando ao cinema, nos últimos anos, depois de um período sem grande investimento no segmento, vários estúdios resolveram apostar novamente  nos roteiros embalados por canções cantadas pelo elenco. 

Em alguns casos, aconteceram o mix musical e animação.  A Disney é um exemplo. Outros estúdios, como o Illumination, apostaram alto na mistura entre animação e música, como é o caso de “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta”, lançado no ano passado, e que coloca animais com personalidades humanas em uma espécie de reality show musical.

SIMPÁTICO

No Brasil, assim como aconteceu nos Estados Unidos, os musicais tiveram grande força nas décadas de 40 e 50.Os estúdios como Cinédia e Atlântida produziram vários filmes cujos enredos eram marcados por canções. Isso era muito comum, por exemplo,  nas   chanchadas – comédias com números musicais – , como “Carnaval Atlântida” e  “Alô Alô Carnaval”.

“Orfeu Negro” (1959), uma coprodução com a França, e  “Ópera do Malandro” (1985), versão para telona do musical teatral de Chico Buarque, são outros musicais que marcaram época no cinema brasileiro.  Não pode ser esquecido “Bete Balanço”, musical jovem  também da década de 1980.   No ano passado, o simpático “Amor em Sampa” , com Bruna Lombardi e Carlos Alberto Ricelli ,  buscou retomar os musicais por aqui.  Em breve, chegará outra tentativa, “Grande Circo Místico”, versão do diretor  Cacá Diegues  para outra  obra de Chico Buarque.

Projeto social

Com mais de 400 assistidos, Moinho Cultural promove campanha para doações via Imposto de Renda

Os contribuintes têm a oportunidade de destinar até 6% do imposto devido para causas sociais, sendo 3% para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente

19/04/2024 13h30

O projeto Moinho Cultural atende 400 crianças em Corumbá. Divulgação/Assessoria

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O Moinho Cultural está lançando a campanha "Leão, amigo das crianças" para incentivar doações através da Declaração de Imposto de Renda. O objetivo é aumentar o suporte a projetos sociais destinados a crianças e adolescentes, reforçando o compromisso da organização com o desenvolvimento humano e a inclusão social.

Durante o processo de declaração do Imposto de Renda, os contribuintes têm a oportunidade de destinar até 6% do imposto devido para causas sociais, sendo 3% para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e 3% para o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa. Essa destinação não acarreta em nenhum custo adicional para o contribuinte e está disponível apenas para aqueles que optam pelo modelo completo de declaração.

De acordo com Márcia Rolon, diretora executiva do Moinho Cultural, "a campanha é uma chance para que cada cidadão brasileiro contribua diretamente para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Ao destinar parte do seu imposto de renda para o Moinho Cultural, você está investindo no futuro de crianças e adolescentes, garantindo acesso à cultura, educação e assistência social."

O procedimento para realizar a doação é simples e pode ser feito durante o preenchimento da declaração do Imposto de Renda. Após inserir todas as informações necessárias, o próprio sistema calcula automaticamente o valor do imposto devido. Em seguida, basta acessar a opção de doações diretamente na declaração, selecionar o fundo desejado e indicar o valor a ser destinado, dentro do limite permitido.

Dentro do programa da Receita Federal, na seção de Doações, os contribuintes podem selecionar a aba Criança e Adolescente e, em seguida, clicar em Novo para escolher o fundo ao qual desejam destinar a doação: nacional, estadual ou municipal.

Os contribuintes têm a possibilidade de acompanhar o valor disponível para destinação, decidir quanto desejam destinar ao fundo e emitir o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) referente ao valor da doação. É importante destacar que o pagamento do Darf deve ser feito até o dia 31 de maio.

Se não houver imposto a pagar, mas sim a restituir, será gerado um Darf para cada fundo escolhido pelo contribuinte, que também deverá ser pago até o dia 31 de maio.

Após o pagamento do Darf, os contribuintes que optaram por ajudar o Moinho Cultural devem enviar uma cópia da destinação para o e-mail [email protected]. A partir disso, a instituição encaminhará ao CMDCA (Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente) para ter acesso aos recursos.

Em Mato Grosso do Sul, a Receita Federal espera receber 623 mil declarações de imposto de renda até 31 de maio, data limite para a entrega. No país, espera-se um total de 43 milhões de declarações até o prazo final.

Para mais informações sobre como fazer uma doação através da Declaração de Imposto de Renda, entre em contato com o Moinho Cultural pelo e-mail [email protected].

 

*Com informações da assessoria.

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Eventos literários, série filosófica, cinema para autistas, shows diversos e muito mais

Eventos literários em Campo Grande e Corumbá, série filosófica no Teatro do Mundo e cinema para autistas estão na programação, que tem ainda show dos 27 anos de carreira da banda Naip

19/04/2024 10h00

A apresentadora Thais Umar e o filósofo Jô pilotam os cinco episódios da série, que serão exibidos, com debate, neste sábado, a partir das 16h, no Teatro do Mundo, grátis Divulgação

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Neste ano, a banda Naip completa 27 anos, com uma trajetória que inclui músicas autorais, participação em eventos e shows nacionais e internacionais, além do lançamento de duas canções inéditas em breve.

O grupo realizará amanhã um show no Sunset Growler Station, em Campo Grande, em uma apresentação repleta de rock e sucessos atemporais.

“Nosso repertório transita pelo pop-rock nacional e internacional, incluindo os clássicos e sucessos atuais e, para essa noite especial, estamos preparando as músicas que o público sempre nos pede, aquelas que fazem parte da história e da memória afetiva de cada um”, adianta o baterista Alexandre Lacorte.

O show conta ainda com a presença do DJ Marquinhos Morais, convidado para animar o público na abertura e no intervalo da Naip. Entre as fãs está a jornalista Vanessa Amin, que tem a Naip como uma de suas bandas favoritas.

“Acompanho os meninos desde antes da formação da Naip, quando parte dos integrantes faziam parte dabanda Inverno Russo, nos anos 90. Fui em shows com todas as formações. Acabei me tornando amiga de todos e fui até a alguns ensaios deles na casa do André e do Rafael. Sou fã e admiro a todos pelo profissionalismo, talento e amizade que cultivam entre eles”, conta Vanessa.

Na década de 1990, Guga Borba, Guilherme Cruz, Alexandre Lacorte, André Coelho, Leonardo Maciel e Rafael Coelho deram início ao percurso da Naip, que, ao longo dos anos, participou de shows de artistas como: Jota Quest, Nando Reis, Raimundos, Ira, Capital Inicial, Supla, Ivete Sangalo, Tihuana, O Rappa, Scalene, Maskavo, Armandinho, Tico Santa Cruz e o astro internacional do cinema e da música Peter Fonda. Foram mais de 400 shows até hoje.

Algumas mudanças ocorreram ao longo do tempo e novos nomes se juntaram aos fundadores da Naip, que hoje conta com Alexandre Lacorte (bateria), André Coelho (teclado) e Rafael Coelho (baixo), da formação original, e ainda com Caio Dutra (guitarra) e Carlos Eduardo (vocais), que completam a nova fase.

O Sunset funciona a partir das 18h, no endereço Avenida Afonso Pena, nº 5.668, Chácara Cachoeira. Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/naip-no-sunset-growler/2413304.]

 

Kung Fu Panda 4CINEMA “Kung Fu Panda 4” - A animação será exibida amanhã, às 15h30min, no Cinépolis Norte Sul; sessão especial para pessoas autistas

MIOLO

Hoje, a partir das 18h30min, o escritor e artista educador carioca Caio Zero é o convidado do primeiro encontro do projeto Miolo: Circuito de Leituras Integrais, com entrada franca, no Bar Copo.

Autor de obras finalistas do prêmio HQ Mix, um dos mais disputados do mundo dos quadrinhos, Caio vem a Campo Grande para mediar uma leitura integral, em grupo, do livro “Azul Dentro do Banheiro” de Marlene Mourão, a Marzinha.

O livro foi celebrado pelo poeta Manoel de Barros, que escreveu uma carta à autora elogiando sua obra. Além de Caio, participarão da leitura a atelierista Ana Espinosa Horn e a psicanalista Ligia Burton.

O escritor conduzirá os presentes a um bate-papo sobre a obra de maneira colaborativa. Para participar, é necessário levar um quilo de alimento não perecível. Endereço: Rua 14 de Julho, nº 2.530, Centro.

Amanhã, Caio realizará uma oficina literária, na sede da Central Única das Favelas (Cufa) de Campo Grande, no Bairro São Conrado, que será destinada ao público jovem e adulto e tem como objetivo experimentar a linguagem dos quadrinhos a partir de exercícios de criação e de uma conversa sobre processo criativo na produção das histórias em quadrinhos, temáticas, pensamento e narrativa. 

“Estou animado para oferecer a oficina. Sempre dá um frio na barriga, mas, ao mesmo, tempo é animador, principalmente por estar trabalhando com literatura e arte. São coisas que me empolgam bastante. Além disso, estou curioso para conhecer mais o pessoal que fomenta a produção literária local e também os participantes dessa experimentação”, revela Caio.

A oficina terá duração de uma hora e meia e os participantes deverão levar papéis em branco sem pauta, lápis, borracha, apontador e uma caneta preta ou azul. As vagas são limitadas e os interessados deverão se inscrever pelo link na bio do Instagram: www.instagram.com/hamorlivraria.

POLCA PARAGUAIA

Nascida em Corumbá e vivendo fora do País há 38 anos, Bernadete Piassa lança hoje seu primeiro livro, “Polca Paraguaia”, em Corumbá, a partir das 18h, no Museu Casa Dr. Gabi. Na terça-feira, o lançamento será em Campo Grande, a partir das 19h, na Livraria Leitura (Shopping Campo Grande).

“Seu coração nunca se esquece de seu lugar de origem. Você pode viajar, mas aquilo que ficou em você da sua infância tem um impacto muito profundo. Aquela Corumbá que ficou na minha lembrança existe para mim muito forte. A partir do momento que você fica mais velha, você se volta para o passado, então, mais do que nunca, as lembranças se fazem presentes”, diz Bernadete, dando pistas do seu romance de estreia.

LITERATURA “Polca Paraguaia” - Bernadete Piassa lança seu primeiro romance hoje, a partir das 18h, no Museu Casa Dr. Gabi, em Corumbá

VAN FILOSOFIA

Exibida recentemente nas manhãs de domingo, em rede nacional, pela TV Brasil, a série “Van Filosofia” ganha exibição na íntegra, neste sábado, das 16h às 20h, no Teatro do Mundo (Rua Barão do Melgaço, nº 177, Centro), com entrada franca.

A proposta da sessão é fazer uma imersão filosófica, com a exibição dos cinco episódios da produção, seguidos de debate com presença de entrevistados, equipe e filósofos.

A série Van Filosofia propõe um diálogo sobre as relações humanas a partir de alguns dos grandes temas da humanidade, mostrando o que há de comum no nosso dia a dia com o pensamento de filósofos em uma viagem pelo tempo e pelas ruas da cidade. 

Embarcados em uma van, pessoas comuns da sociedade com diferentes perfis e opiniões compartilham suas experiências de vida. O filósofo Josemar Maciel, o Jô, e a apresentadora Thais Umar fazem a ponte das questões colocadas pelos passageiros com a filosofia. A direção é de Lú Bigatão.

PARA AUTISTAS

Amanhã, a Cinépolis Norte Sul terá uma sessão inclusiva e adaptada às pessoas com autismo e outras síndromes, transtornos ou doenças que acarretam hipersensibilidade sensorial. Desta vez, será exibido o filme “Kung Fu Panda 4”, às 15h30min.

Na sessão inclusiva e adaptada, o filme é exibido com o volume de som reduzido, 50% das luzes permanecem acesas, não há exibição de publicidades e trailers e também é permitido entrar e sair da sessão a qualquer momento. A sala inclusiva adaptada é aberta para todo o público.

 

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