Correio B

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Doença sem cura, esclerose múltipla pode ser tratada

Doença sem cura, esclerose múltipla pode ser tratada

THIAGO ANDRADE

30/08/2016 - 17h00
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Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), cerca de 35 mil brasileiros têm de lidar com a doença autoimune, que provoca sérios prejuízos ao sistema nervoso. Hoje é o Dia Nacional de Conscientização acerca da condição crônica e essa palavra, “conscientização”, é essencial na luta pela redução de impactos causados pela esclerose múltipla, que não tem cura.

“Desde que o diagnóstico seja rápido, é possível reverter o deficit cognitivo ou motor que pode ser provocado”, explica o especialista Roberto Carneiro, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ele explica que a esclerose múltipla é uma doença crônica e autoimune, ou seja, o sistema imunológico reconhece tecidos do próprio organismo como ameaças e os ataca.

Nesse caso, as células que recobrem a estrutura dos neurônios – chamadas de bainha de mielina – são destruídas por anticorpos. O dano pode afetar a visão, a capacidade motora e cognitiva, entre outras áreas coordenadas pelo sistema nervoso central. “É uma doença que não evolui de maneira linear. Às vezes, o paciente pode ter um surto grave. Mas também é possível que os sintomas sejam mais leves, o que dificulta o diagnóstico”, explica o especialista.

Para a professora de neurologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), chefe do centro de referência em esclerose múltipla do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, Soniza Alves-Leon, “embora as causas ainda sejam desconhecidas, os mecanismos da doença vêm sendo estudados e identificados em todo o mundo, o que possibilita uma melhora na indicação de tratamento e consequentemente na vida das pessoas afetadas”.

Um caso que chamou a atenção para a doença é o da atriz Cláudia Rodrigues, diagnosticada em 2000. Contudo, se trata de uma doença rara. “Estamos vendo mudanças nesse dado, porque também há o risco de que a doença seja subdiagnosticada, confundida com outros problemas”, explica Roberto. Costuma atingir pessoas a partir dos 20 anos, com maior incidência até os 40. 

Há dois momentos no tratamento, segundo o neurologista: “Primeiro, trata-se o surto em si e isso é feito com o uso de corticoides injetáveis em altas doses, por um período que pode durar até cinco dias”, explica. Um surto é o momento no qual o sistema imunológico passa a agir contra o organismo. O segundo momento diz respeito à prevenção de novos surtos por meio do uso de medicamentos.

Embora não tenha cura, a doença é tratável. Um estudo realizado ao longo de 11 anos pelos Comitês Americano e Europeu para Tratamento e Pesquisa da Esclerose Múltipla revelou que o tratamento precoce com a droga betainterferona-1b diminui os efeitos das complicações motoras e sensitivas dos portadores em estágio inicial. 

Não é considerada uma enfermidade fatal. “A maioria das mortes associadas à esclerose múltipla é decorrente de complicações em estágios avançados e progressivos da doença. Por isso, o tratamento precoce é de extrema importância, pois pode contribuir para a desaceleração da progressão da doença, além de ajudar a prevenir complicações”, explica Soniza. 

Atenção aos sintomas é essencial, assim como a busca por um neurologista, sobretudo, em casos como dormência de membros, formigamentos constantes, dificuldades na fala e nos movimentos, desequilíbrios, etc. “É importante que o profissional se dedique a descobrir as causas”, pontua.

magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Campo Grande nesta terça; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

16/12/2025 12h00

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Faltam 9 dias para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas de Natal da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada de Natal percorre ruas e avenidas de Campo Grande nesta terça-feira (16). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

Confira os trajetos e horários:

CAMPO GRANDE - 16 DE DEZEMBRO -  19H

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

 

ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

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